Governo Sérgio Xavier implanta Plano de Gestão de Riscos

segunda-feira, 15 de outubro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Governo Sérgio Xavier implanta Plano de Gestão de Riscos
Governo Sérgio Xavier implanta Plano de Gestão de Riscos

(SECOM) A tragédia que assolou toda a Região Serrana em 2011 prejudicou a vida dos friburguenses, principalmente pela dificuldade de encontrar os atendimentos necessários em meio ao caos. Foi pensando nisso que a Secretaria de Saúde do governo Sérgio Xavier está colocando em prática o Plano de Gestão de Riscos, que tem como principal objetivo prevenir e otimizar os atendimentos em caso de alguma eventual adversidade.
Como base para pôr em funcionamento o Plano de Gestão de Riscos, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) criou o Comitê Operacional de Emergência em Saúde (COE), que tem a função de organizar o setor de saúde para enfrentamento de desastre. Segundo a subsecretária de Saúde, Sueli Scotelaro, a intenção é que a FMS sempre esteja minimamente preparada para enfrentar qualquer tipo de adversidade.
“A ideia é apresentar quais são os tipos de desastres, isso para qualificar os profissionais. O que são os desastres; o que é gestão de riscos de desastres; o que é o risco e quais são os processos de gestão de riscos. A gestão de riscos tem três etapas: redução de risco, manejo de desastre e a recuperação.”
De acordo com a subsecretária de saúde, logo após a criação do comitê como primeiro passo, já houve também a primeira reunião do COE, visando explanar para os profissionais da área o que é o Plano de Gestão de Riscos, já que em todo ano é elaborado um plano, mas apenas visando às chuvas e não catástrofes como a ocorrida em 2011.
Como antecipou Sueli Scotelaro, a Gestão de Riscos é dividida em três etapas; Redução de riscos, que por si possui mais três subetapas: prevenção, mitigação e preparação. Manejo de desastre, dividido em alerta e resposta. Por ultimo, a recuperação, com a reabilitação e a reconstrução. Entenda como funciona cada etapa do Plano de Gestão de Riscos:

Redução de Risco
• Prevenção: compreende as ações destinadas a eliminar ou reduzir o risco, evitando a apresentação do evento ou impedindo os danos. Por exemplo, evitar ou limitar a exposição das pessoas à ameaça e organizar o setor de saúde para atuação em situação de desastre.
• Mitigação: compreende o conjunto de ações destinadas a reduzir os efeitos causados por um evento. Tem como objetivo diminuir a magnitude da emergência reduzindo ao máximo os danos causados. Exemplo: reforçar as estruturas das instalações de saúde e realizar obras necessárias para garantir o funcionamento dos serviços.
• Preparação: compreende o conjunto de medidas e ações que visam reduzir ao máximo as perdas de vidas e outros danos. Tem o objetivo de organizar e sistematizar o setor de saúde em uma situação de emergência através da formação do COE (que representa a organização do SUS para atuar em desastre no âmbito local), capacitando RH, elaborando planos estratégicos, fazendo avaliação sanitária dos pontos de apoio, realizando inventário de infraestrutura, intensificando o controle de vetores.

Manejo do Desastre
• Alerta: compreende o planejamento de ações de divulgação de alertas, ações educativas, orientações sobre como agir em situação de perigo eminente. Por padrão, articular junto à Defesa Civil criando um canal direto de comunicação, monitorar boletins meteorológicos e desenvolver atividades junto à população através dos ASS e ACS e outros profissionais da saúde.
• Resposta: compreende as ações preparadas ante um evento adverso e tem como objetivo salvar vidas, reduzir o sofrimento humano e diminuir as perdas materiais através de busca e resgate, assistência médica, avaliação de danos e atuação nos abrigos.

Recuperação
• Reabilitação: compreende conjunto de medidas para restabelecer, em curto prazo, os serviços de saúde. Esta fase tem início logo após a fase de resposta ou concomitante a ela e objetiva que os serviços de saúde e de saneamento que foram atingidos possam reiniciar seu funcionamento ou reconstrução para continuar prestando o atendimento às vítimas. Por exemplo: avaliação complementar dos danos, intensificação das ações de epidemiologia, intensificação das ações psicossociais e de vigilância sanitária e ambiental, fortalecimento do atendimento pré-hospitalar e hospitalar.
• Reconstrução: é o processo de reparação da infraestrutura física e do funcionamento definitivo dos serviços. Nesta etapa devem ser tomadas medidas que fortaleçam os aspectos de redução das vulnerabilidades e de riscos de desastres visando evitar novos danos procurando a segurança das estruturas físicas dos serviços e a construção de estruturas em áreas seguras.
A subsecretária Sueli Scotelaro revelou que todas as unidades de saúde estão em processo de adequação ao plano, etapa que deve ser concluída por todas as unidades até o dia 30 de outubro: “Nós vamos começar agora o trabalho de prevenção. Cada setor vai ter um mês para avaliar as possibilidades e cada unidade de saúde vai ter esses três momentos detalhados. Então, vamos ter desde o hospital até uma unidade de saúde preparadas para uma situação dessas, sempre trabalhando nessas três etapas de gestão de risco e não só apenas preocupados com ações de momentos.”
O plano visa uma atenção especial para as unidades de saúde mais distantes do centro da cidade, como afirmou Rafael Tavares, secretário de Saúde, já que pelo isolamento em casos de tragédia o socorro pode demorar a chegar e as pessoas estarão necessitando de atendimento médico.
“Nós temos que pensar em questões que são estratégicas. Nós temos que pensar que cada unidade de saúde tenha abastecimento na área farmacêutica, porque se possivelmente essa unidade ficar isolada, nós vamos ter a garantia de que, até chegar o socorro, a população será atendida. Outra característica é ver as vulnerabilidades daquela unidade e saber o que nós podemos fazer hoje para garantir a redução delas, seja em uma obra, ou questões internas. Vamos também atualizar o mapeamento das nossas unidades de saúde com coordenadas em GPS, pois em qualquer cenário parecido como aquele de 2011, principalmente por sobrevoo de helicóptero, essas unidades sejam encontradas mais precisamente.”
O prefeito Sérgio Xavier destacou a importância de um plano de prevenção como o que está sendo posto em prática para beneficiar a população, ressaltando também a participação de representantes do próximo governo, para facilitar a transição e deixar os futuros governantes a par do que está acontecendo para que o povo de Nova Friburgo não seja prejudicado.
“O plano é importante para preparar, não só a população, mas também os órgãos e entidades envolvidas. Na verdade, é um planejamento em conjunto onde se atua não só a Secretaria de Saúde, mas em conjunto com a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e a população em si, para tentar remediar algo que possa vir a acontecer. E nesse ano, já que existe a mudança de prefeito, nas reuniões já a partir da próxima será convocado um representante do novo governo para que, quando o novo prefeito assumir, ele já esteja familiarizado com essa situação e possa estar junto com a gente fazendo esse trabalho, inclusive, modificando o que achar necessário.”

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