Governo prevê multa para morador que não combate foco do Aedes Aegypti

Multa também é válida para quem impedir vistoria de agentes em residências
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
por Jornal A Voz da Serra
Ação de combate ao Aedes Aegypti em Planaltina-GO (Foto: Tony Winston/Agência Brasília - CC BY 2.0)
Ação de combate ao Aedes Aegypti em Planaltina-GO (Foto: Tony Winston/Agência Brasília - CC BY 2.0)

O mosquito Aedes aegypti, além de transmitir chikungunya, dengue e zika, pode pesar também no bolso da população: o Palácio do Planalto estuda a possibilidade de multar aqueles que propiciem a criação de focos do mosquito ou evitem que os agentes de saúde e do Exército vasculhem o local. “Cabe multa federal pela irresponsabilidade do dono ao manter focos de infestação, seja em terreno baldio, seja em seu imóvel. É para quem se recusar ou reincidir em manter focos”, informou o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, em entrevista na segunda-feira, 15.

Enquanto a multa não é firmada, o governo federal pretende comunicar as prefeituras, para multar os indivíduos que acumularem lixo nas ruas. Em 1º de fevereiro, o governo editou uma medida provisória que possibilita agentes de forças policiais a entrarem em estabelecimentos fechados. Duas notificações serão deixadas no local e se após o requerimento o imóvel ainda estiver fechado, o poder público poderá intervir. Esta medida não é válida se o dono estiver na residência, só podendo ser aplicada com autorização judicial.

O governo também avaliou as ações no combate ao mosquito sábado passado, intitulado Dia de Combate ao Aedes aegypti. “O balanço demonstrou que a campanha foi muito positiva, dentro das expectativas do governo no momento”, disse o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, logo após participar da reunião de coordenação política do governo com a presidente Dilma Rousseff.

Lugares inesperados para acúmulo de água 

Apesar da intensa cobertura dos meios de comunicação, campanhas de entidades não governamentais e ações de governo — em todas as esferas —, uma grande parcela da população ainda ignora que o acúmulo de água em lugares inesperados pode trazer riscos. É importante verificar tudo, em todo lugar, no interior e exterior das moradias, lixos e aterros. Focos para a proliferação das larvas do mosquito podem estar em qualquer canto. Cascas de caramujos, pneus, latões, potes, garrafas, caixas d’água, pratinhos de plantas, enfim, é um número incontável de locais que podem servir para infestação. Todo cuidado ainda é pouco diante do perigo que o mosquito transmissor representa. A fiscalização em cemitérios de todas as partes do país deverá ser reforçada, de acordo com o governo. Quem visita o local não poderá mais colocar vasos de plantas e pratos, e todos os concretos que tiverem buracos deverão ser reparados para evitar o acúmulo.

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