O governo quer universalizar a televisão digital, nem que tenha de pagar por isso. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, está em análise a possibilidade de conceder subsídios para que as famílias possam adquirir aparelhos digitais ou conversores (set-top box), e assim permitir que as transmissões pelo sistema antigo, o analógico, acabem.
“Nós precisamos acelerar a digitalização e se não houver uma ação forte do governo, a meta de 2016 vai atrasar”, disse Paulo Bernardo. O estímulo para que famílias modernizem seus equipamentos de TV não é inédito. Nos Estados Unidos, por exemplo, o governo chegou a distribuir aparelhos quando decidiu utilizar apenas a TV digital. “E lá, a TV aberta nem é tão importante quanto no Brasil”, observou o ministro.
O governo também estuda medidas de incentivo para que as emissoras acelerem a digitalização. “Vamos precisar de medidas fortes”, disse, sem antecipar o que será feito. O problema está em cerca de 500 municípios que utilizam a frequência de 700 megahertz e que concentram perto de 80% da população brasileira. O governo quer que eles transmitam apenas sinais digitais, o que abriria espaço para licitar a faixa para a banda larga móvel de quarta geração (4G).
Essa é apenas uma das mudanças tecnológicas em curso que, na visão do ministro, ajudarão a elevar os investimentos do setor, em 2013. As empresas investiram de 12% a 13% mais em 2012 do que no ano passado, e é possível que o volume chegue perto de R$ 25 bilhões. Se confirmada essa cifra, será batido o recorde de 2001, quando os investimentos chegaram a R$ 24,2 bilhões.
M2M - Outro setor que vai “bombar” investimentos em 2013 é o que utiliza comunicação máquina a máquina (M2M). Serviços como monitoramento de veículos e câmeras de segurança por chip deverão decolar porque o Congresso Nacional aprovou recentemente a desoneração tributária das ligações entre chip e central. Falta a edição de um decreto, que deverá ficar pronto no primeiro trimestre deste ano.
Haverá investimentos fortes também na construção da infraestrutura para a telefonia 4G. A meta é que o serviço seja oferecido nas seis cidades-sede da Copa das Confederações, mas a expectativa é que ele chegue a sete ou oito capitais, incluindo São Paulo. (Fonte: IG).
Deixe o seu comentário