Governo municipal preocupado com lixo eletrônico

terça-feira, 24 de julho de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Governo municipal preocupado com lixo eletrônico
Governo municipal preocupado com lixo eletrônico

(SECOM) O Brasil, segundo a ONU, já é um dos campeões em produção de lixo eletrônico por habitante: meio quilo por ano. A liderança está com os EUA, que no total geram 3 milhões de toneladas/ano, seguido pela China, com mais de dois milhões de toneladas/ano. Esse “e-lixo” cresce 3 vezes mais do que o lixo doméstico, por conta da velocidade com que é gerado e descartado. São 50 milhões de toneladas por ano, em todo o mundo.

O secretário de Meio Ambiente de Nova Friburgo, Eduardo de Vries, disse que “essa é uma preocupação no município, pois o e-lixo está sendo tratado como lixo doméstico, uma vez que as pessoas não têm educação ambiental e aquelas que têm não sabem o local onde fazer o descarte desse material que não tem mais utilidade como: pilhas, baterias, monitores, celulares, cabos, computadores, entre outros. Aqui em Nova Friburgo, há alguns pontos (nas lojas que vendem) onde pequenos contêineres estão disponíveis para receber esse material, pois há uma legislação que obriga o fabricante a dar um destino final a esses aparelhos”.

Ainda segundo Eduardo, “em São Paulo há empresas que reutilizam as peças dos computadores e as remanejam para a feitura, ou complemento, de outras máquinas. Na China, por exemplo, há diversos lugares onde se derretem o ouro e a prata que vêm na composição desses equipamentos”.

De acordo com as instituições ligadas à ONU esses metais já somam cerca de 320 toneladas de ouro e 7,5 milhões de toneladas de prata, que somam 21 bilhões de dólares (16 bilhões em ouro e 4 bilhões em prata) e menos de 15% são aproveitados. Mas, o maior problema é quando esse descarte é feito no meio ambiente, pois esses objetos também são compostos por metais pesados como chumbo e mercúrio, que podem prejudicar tanto o meio ambiente quanto a saúde. “Esse descarte”, diz Eduardo, “é feito no meio ambiente porque não há educação ambiental e a única maneira de passar essas informações é através de campanhas de conscientização, que vêm acontecendo até hoje, através do Centro de Educação Ambiental, que funciona desde 1992 e, agora, está em fase final na Câmara Municipal, a aprovação da primeira Escola de Políticas Públicas em Gestão Ambiental—EPGEA (www.epgea.com.br). Então, no momento, o poder público está atuando como orientador desse descarte, inclusive do Resíduo de Equipamento EletroEletrônico (REEE), que são os equipamentos descartados ou obsoletos, como geladeiras, TVs, rádios, entre outros”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade