(SECOM) O Brasil, segundo a ONU, já é um dos campeões em produção de lixo eletrônico por habitante: meio quilo por ano. A liderança está com os EUA, que no total geram 3 milhões de toneladas/ano, seguido pela China, com mais de dois milhões de toneladas/ano. Esse “e-lixo” cresce 3 vezes mais do que o lixo doméstico, por conta da velocidade com que é gerado e descartado. São 50 milhões de toneladas por ano, em todo o mundo.
O secretário de Meio Ambiente de Nova Friburgo, Eduardo de Vries, disse que “essa é uma preocupação no município, pois o e-lixo está sendo tratado como lixo doméstico, uma vez que as pessoas não têm educação ambiental e aquelas que têm não sabem o local onde fazer o descarte desse material que não tem mais utilidade como: pilhas, baterias, monitores, celulares, cabos, computadores, entre outros. Aqui em Nova Friburgo, há alguns pontos (nas lojas que vendem) onde pequenos contêineres estão disponíveis para receber esse material, pois há uma legislação que obriga o fabricante a dar um destino final a esses aparelhos”.
Ainda segundo Eduardo, “em São Paulo há empresas que reutilizam as peças dos computadores e as remanejam para a feitura, ou complemento, de outras máquinas. Na China, por exemplo, há diversos lugares onde se derretem o ouro e a prata que vêm na composição desses equipamentos”.
De acordo com as instituições ligadas à ONU esses metais já somam cerca de 320 toneladas de ouro e 7,5 milhões de toneladas de prata, que somam 21 bilhões de dólares (16 bilhões em ouro e 4 bilhões em prata) e menos de 15% são aproveitados. Mas, o maior problema é quando esse descarte é feito no meio ambiente, pois esses objetos também são compostos por metais pesados como chumbo e mercúrio, que podem prejudicar tanto o meio ambiente quanto a saúde. “Esse descarte”, diz Eduardo, “é feito no meio ambiente porque não há educação ambiental e a única maneira de passar essas informações é através de campanhas de conscientização, que vêm acontecendo até hoje, através do Centro de Educação Ambiental, que funciona desde 1992 e, agora, está em fase final na Câmara Municipal, a aprovação da primeira Escola de Políticas Públicas em Gestão Ambiental—EPGEA (www.epgea.com.br). Então, no momento, o poder público está atuando como orientador desse descarte, inclusive do Resíduo de Equipamento EletroEletrônico (REEE), que são os equipamentos descartados ou obsoletos, como geladeiras, TVs, rádios, entre outros”.
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