Governo do Estado confirma ampliação da Uerj em Nova Friburgo

Última parcela referente à compra de parte do imóvel da fábrica Filó foi depositada esta semana
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
por Márcio Madeira
A área adquirida corresponde a oito espaços como este, num total de 16 mil m² (Foto: Márcio Madeira)
A área adquirida corresponde a oito espaços como este, num total de 16 mil m² (Foto: Márcio Madeira)

O governo estadual depositou nesta semana R$ 500 mil referentes à última parcela da compra de 16 mil m² de área construída, anexos ao atual campus do Instituto Politécnico do Rio de Janeiro, na Vila Amélia. Os imóveis faziam parte do complexo da fábrica Filó, e haviam sido negociados pelo governo ainda em 2014, mas só agora foram completamente quitados.

A notícia já era esperada, mas, diante da atual contenção de despesas na administração estadual, não deixa de representar uma conquista para a direção do instituto—momentaneamente afastada de suas funções em decorrência do período eleitoral interno—e também para a própria reitoria, no Rio de Janeiro.

Utilizações possíveis

A partir da próxima semana o instituto já deve ter acesso às novas instalações, cujo futuro aproveitamento ainda apresenta mais dúvidas do que certezas. É certo, por enquanto, que parte do novo espaço será destinado para abrigar o Centro Tecnológico de Narrativas – projeto que ainda busca financiamento e que nasceu a partir de um convênio assinado entre a Uerj e o Instituto Serrano de Economia Criativa, com o intuito de capacitar e estimular o fortalecimento do polo audiovisual friburguense. Essa, no entanto, é apenas uma das inúmeras possibilidades que se apresentam à próxima administração, que agora terá oito enormes galpões à disposição para instalar salas de aula, laboratórios e toda estrutura necessária à implantação de novos cursos de graduação e pós-graduação.

Uma das possibilidades mais propensas a se concretizar é a instalação do curso de engenharia de petróleo, que conta com apoio já diversas vezes manifesto do próprio governador Luis Fernando Pezão. Quanto à atual direção do instituto, o desejo – bastante ousado, como convém a um empreendimento desta natureza – é de que as novas instalações possam abrigar centros de pesquisa e produção de conhecimento de vanguarda, naquela que é considerada a atual fronteira do conhecimento humano: a bioengenharia. “O diálogo entre a biologia e a engenharia avançada representa o caminho a ser trilhado pela ciência no século XXI. O instituto vai continuar investindo na incubadora de empresas, buscando dar suporte à criação de um centro de empresas de alta tecnologia que possa se beneficiar das pesquisas realizadas no instituto. Nova Friburgo possui uma longa herança industrial, e a retomada desta vocação passa pela colaboração entre a universidade e o mercado”, argumentou o professor Francisco de Moura, diretor licenciado do IPRJ.

Necessidade de investimentos

Além das possibilidades e incertezas abertas pelo processo eleitoral, que ocorre simultaneamente no instituto e na própria reitoria da universidade, outro fator impossível de ser ignorado pode exercer influência decisiva sobre os rumos das novas instalações: a crise econômica nacional.

Tudo porque estimativas iniciais dão conta de que o pleno aproveitamento dos novos espaços pode demandar investimentos superiores a R$ 6 milhões, num momento em que a ordem do dia é cortar custos. É possível, portanto, que as novas possibilidades do IPRJ demorem certo tempo até começarem a render seus melhores frutos. Ainda assim, por tudo que já realiza, a pequena joia serrana da Uerj merece continuar a ser tratada como prioridade, tanto pela próxima reitoria, quanto pelo governo estadual.

Foto da galeria
Francisco de Moura, diretor licenciado do IPRJ (Foto: Márcio Madeira)
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