Governo do estado anuncia novas medidas para redução de despesas

Extinção e incorporação de órgãos, e corte nos salários do governador e secretariado estão entre as providências
domingo, 13 de dezembro de 2015
por Jornal A Voz da Serra

Na última sexta-feira, 11, o governador Luiz Fernando Pezão anunciou uma série de novas medidas para diminuir os gastos do governo estadual. O Estado do Rio amarga com a crise devido a baixa arrecadação de ICMS, redução da receita de royalties do petróleo e desvalorização do preço do barril do petróleo, cotado na sexta-feira a menos de US$ 40 — US$ 110 a menos, se comparado com a cotação utilizada na elaboração do orçamento de 2015.

Segundo Luiz Fernando Pezão, neste ano o governo já economizou R$1,2 bilhão em despesas, e as medidas anunciadas na última sexta-feira fazem parte de um plano que visa, para o ano que vem, economia extra de R$ 300 milhões a R$ 500 milhões.

Pezão comunicou a diminuição em 10% dos salários de secretários, subsecretários do vice-governador, além da sua própria remuneração, já a partir de janeiro. Também foram anunciados cortes com telefonia móvel e fixa, energia elétrica, serviços de transmissão de dados, diárias, passagens, combustíveis e outros contratos. Trezentos veículos usados pelo alto escalão do governo serão cortados, bem como um dos quatro helicópteros do Executivo, avaliado em US$ 3 milhões.

Algumas fundações e autarquias serão extintas, afirma Pezão, e outras serão incorporadas. Outra medida é a centralização, em um só imóvel, das secretarias que atualmente pagam aluguel. A finalidade é diminuir custos com locações e contratos de limpeza e vigilância.

Todas as medidas serão definidas até a próxima quarta-feira, 16.

“Também estou correndo atrás de receita, cobrando a inadimplência. Nós temos R$ 7 bilhões de fornecedores atrasados com o estado. Estou lutando para receber e manter os pagamentos em dia. O estado vive do recolhimento de impostos. Se não tivermos essa receita, vamos ter muita dificuldade. E 2016, até agora, infelizmente, se avizinha um ano mais difícil que 2015”, disse o governador.

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TAGS: Governo do Estado | crise econômica
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