Quarenta dias depois da maior tragédia climática brasileira, Nova Friburgo ainda sente o retrato do desespero em algumas localidades da cidade, inclusive sem água, energia elétrica e transporte coletivo. Esta semana a reportagem esteve no Loteamento Girassol, perto de São Geraldo, e o que viu foi devastação, fome, sede, falta de energia, muita sujeira, casas inteiras destruídas e moradores desesperados.
A reportagem surpreendeu 60 famílias vivendo em condições precárias e através da Associação Friburguense de Imprensa (AFI) e Academia Friburguense de Letras (AFL) conseguiu cestas básicas e água para as famílias, mas, como não foi suficiente, intercedeu junto ao posto de donativos da Prefeitura, na Fábrica Ypu, que doou mais cestas básicas, material de limpeza, higiene pessoal, leite e roupas para minimizar o sofrimento daquela comunidade.
As ruas do Girassol ainda continuam com lama e muita poeira, galhos de árvores, pedras e muita destruição. As famílias reclamam da falta de água potável, porque a enchente destruiu o encanamento. A ajuda que chegou até agora é pouca, alguns moradores estavam ilhados do outro lado do bairro e, não fosse a atuação do empresário Márcio Branco, que pagou a construção de uma ponte improvisada, eles ainda estariam sem poder se locomover.
Há famílias vivendo com parentes e amigos, porque suas casas continuam interditadas e o mau cheiro aumenta à medida que o clima esquenta, sinalizando que ainda pode haver corpos ou animais mortos no bairro. Sem estrada, o ônibus não chega até os moradores.
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