Tudo começou em 1998, com a Solutec, empresa que prestava serviços de informática. Contava com um número reduzido de profissionais, que iam até as empresas e identificavam carências, orientando desde a colocação de memória até a realização de um backup. Porém, nessa época algumas empresas já pediam serviços de rede e, 2001, o grupo começou a oferecer internet via fibra ótica.
Segundo Osvaldo Lucho Junior, diretor da Gigalink, em 2002 a internet em Nova Friburgo era discada (por telefone) e começou a haver um movimento de pessoas interessadas em internet banda larga, já que o Rio de Janeiro já disponibilizava o serviço. “Um pessoal em Friburgo começou a postar num blog as pessoas interessadas em internet banda larga, e aí em outubro eu comecei a ficar animado pensando que poderíamos ter internet banda larga na cidade”, contou, lembrando que em conversa com Mauricio Rosemberg sugeriu montar uma empresa de internet banda larga.
“Começamos a comprar link para oferecer internet banda larga e, como já tínhamos contato com algumas fábricas da cidade, oferecemos o serviço e a Arp foi uma delas”, ressaltou Osvaldo. A banda larga por fibra ótica foi um sucesso na época e as pessoas começaram a se interessar pela internet em suas casas. “Como eu já tinha uma amizade com o fabricante de fibra ótica em São Paulo, eu liguei e disse que precisava desenvolver um cabo metálico para baratear o processo e atender o meu cliente varejo. Ele falou que era só dar as especificações para projetar. Em três meses a gente já tinha o pré-projeto de cabo metálico e começamos a cabear aqui na avenida”, lembrou Lucho.
Sendo assim, em março de 2003 a empresa já começou a oferecer internet banda larga no município, mas só em 2004 que a Gigalink de fato surgiu no mercado com licença da Anatel. “Nossa primeira cliente de internet foi a dona Maria Elfrida. Ela é cliente nossa até hoje e, no ano passado, foi nossa primeira cliente de TV. Quando começamos a oferecer internet, naquela época 128K por R$89,90 mensais e 24 horas por dia, foi um verdadeiro sucesso. A linha discada era, no máximo 56k e caía toda hora”, esclareceu o diretor da Gigalink.
A procura por internet banda larga na cidade foi tão grande que, segundo Osvaldo, chegava dar fila de clientes na empresa para solicitar a instalação. “A procura era tanta que demorava até 45 dias para instalação de apenas um cliente”, revela.
Hoje a Gigalink possui 15 mil clientes de internet em três cidades. A maior demanda é em Nova Friburgo, seguido de Niterói e Macaé. Também atende em Rio das Ostras, Campos, São Fidélis, Rio de Janeiro, Cabo Frio e, em breve, pretende expandir os seus serviços para cidades do interior do estado.
“A gente tem um projeto de crescimento bem arrojado e temos vontade de transformar a empresa que começou há dez anos atrás em uma corporação. A gente não acredita que uma empresa possa cumprir o seu papel na plenitude se o cliente, os funcionários, a comunidade e todos os envolvidos não estiverem muito satisfeitos”, frisou Osvaldo.
Em 2012 a Gigalink faturou R$12 milhões. O diretor da empresa afirma: “Estamos preparados para, nos próximos anos, chegar a mais de R$100 milhões de faturamento”. Além disso, Osvaldo conclui que a empresa dá muito retorno em termos econômicos para a cidade, já que é responsável por 80 postos de trabalho. “O nosso faturamento é outro retorno que damos para Nova Friburgo”, ponderou, lembrando que outra vantagem para o município é a questão ambiental.
“Logo no início da Gigalink, a nossa ideia era ter zero emissão de carbono. Tudo que a gente produz de carbono a gente equilibra com uma área de Mata Atlântica. É uma ideia bem moderna de responsabilidade ambiental. A sustentabilidade é muito pensada”, frisou. Segundo Osvaldo, o grupo quer ser um transformador da economia, da cultura, do meio ambiente, a fim de ajudar a cidade.
“Em termos de cultura organizacional, eu acho que quem passa por aqui é mordido por uma cultura de resultados, e acaba contaminado num bom sentido, nunca mais aceitando qualquer emprego. Essa máquina de cultura é uma coisa que a gente traz pra cidade.” Prova disso é funcionária mais antiga da empresa, Janice, que há 21 anos faz parte e acompanha esse crescimento.
“Quando eu comecei não era Gigalink, era a empresa de soluções tecnológicas [Solutec] e eu vi a empresa crescer esses anos todos. Foi muito importante pra mim e cada dia eu fui adquirindo mais conhecimento. A empresa cresceu muito. Trabalhei em outros lugares, mas foi aqui que me encontrei. Meus dois filhos trabalham na Gigalink na área técnica”, contou Janice, que atualmente trabalha no setor financeiro.
TV e telefonia móvel e fixa
Atualmente a Gigalink possui cerca de 1.000 clientes de telefonia. O serviço passou a ser oferecido em 2008 e atrai muitos clientes por conta do preço acessível. “O Gigafone tem a possibilidade de, quando estiver na rede, ter telefone. Não paga assinatura, apenas valor gasto (franquia mínima de uso) podendo chegar a R$21,90. Nós temos uma série de serviços de valor adicionados, como por exemplo, uma suíte de segurança de internet que protege o computador de vírus, hackers, entre outros”, contou Lucho.
O serviço de TV a cabo começou no ano passado e já conta com 200 clientes. Hoje, a empresa consegue oferecer pacotes com TV, internet e telefone, atraindo cada vez mais clientes.
Com relação ao seu papel social, a Gigalink faz questão de dar apoio aos jornais de bairros e ajuda instituições filantrópicas a ter internet. “A gente cobra só 50% de qualquer serviço que tem aqui dentro. Não é de graça, se não o serviço passa a não ter valor”, esclareceu Osvaldo.
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