GASTRONOMIA - Quem quer comprar?

Os vendedores de rua vendem de um tudo. É uma cultura milenar. Alguns até hoje fazem sucesso. Já outros perderam o sentido, e outros deixaram saudades! Eu me lembro de, quando criança, comprar laranjas que eram descascadas e consumidas na hora, por um senhor com uma máquina que tirava aquelas casquinhas fininhas, e lembro também dos amoladores de facas que passavam na rua com seus carrinhos fazendo barulho chamando a atenção dos fregueses (confesso que tenho saudade desses amoladores). Panelas desfilavam pelas ruas, impecáveis e brilhantes, como se fossem troféus, com os vendedores tentando convencer as clientes que aquelas eram as melhores do mundo. Casquinhas, pipocas, churros e algodão-doce fazem a festa até hoje. Não saem de moda. Sorvetes coloridos eram saboreados na calçada refrescando o calor... Hoje o comércio de rua continua e outros produtos fazem sucesso. Churrasquinho, cachorro-quente, hambúrguer, docinhos, bolos e até mesmo yakisoba! Se vendem, é porque têm demanda e clientes. Se formos questionar o lado "higiene” eu tenho lá minhas dúvidas — e não vou entrar nesse mérito. Confesso que, de certa forma, eu também não consigo resistir a algumas dessas guloseimas. Mas todo cuidado é pouco! O importante é manter a cultura e nos adaptarmos a essas mudanças, aproveitando de alguma forma essas saborosas preparações. E que venham os ambulantes, feiras e festas populares que tanto enriquecem nosso folclore e alegram nossa gente. Um viva aos nossos ambulantes! E um viva maior ainda às adoráveis guloseimas!