Gás de cozinha: alta nas refinarias chega a Nova Friburgo

Apesar de a lei garantir liberdade de mercado, preço praticado em Friburgo está acima do previsto pela Petrobras
sexta-feira, 31 de março de 2017
por Karine Knust
(Foto: Paulo Pires/Arquivo A VOZ DA SERRA)
(Foto: Paulo Pires/Arquivo A VOZ DA SERRA)

Quem precisou trocar o botijão de gás de cozinha nesta última semana já sentiu o peso no bolso. O reajuste da Petrobras, que entrou em vigor no dia 21 de março, foi repassado às distribuidoras e chegou a Nova Friburgo. O valor do combustível agora é de R$ 70, em média.

Apesar da lei garantir liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a nova quantia praticada em Nova Friburgo está acima do previsto pela Petrobras. De acordo com a estatal, os botijões residenciais, de até 13kg, sofreram uma alta de cerca de 9% nas refinarias. Se o valor fosse repassado de forma integral ao consumidor, a companhia estimava que o GLP P-13 podia subir 3,1% ou cerca de R$ 1,76 por botijão.

No município, entretanto, a alta foi de quase 5% a mais. Até o dia 21, quem solicitasse a entrega do botijão em domicílio pagaria R$ 65. Agora, o consumidor pode desembolsar até R$ 71 para receber o combustível. De acordo com o gerente operacional e financeiro de uma das revendedoras que atendem Nova Friburgo, Gerson Pereira, essa diferença percentual acontece devido ao reajuste calculado pelas distribuidoras.

“Recebemos o reajuste da Petrobras, mas em cima desse valor também houve o reajuste da distribuidora, que já inclui o valor correspondente a depreciação anual, ou seja, repassou percentual referente aos impostos que são pagos por ela. Com isso, o botijão chegou a revendedora 9,5% mais caro. Não repassamos todo esse reajuste final, mas com essa demanda nosso repasse precisou ser superior ao previsto pela Petrobras”, explica Gerson, acrescentando que “em Nova Friburgo o gás acaba sendo mais caro do que em outros municípios da região porque temos uma particularidade que é o custo operacional maior. Em cidades da Baixada Fluminense, por exemplo, muitos consumidores optam por buscar o botijão na sede da revendedora, o que deixa o produto mais barato. Aqui em Friburgo isso raramente acontece”, esclarece ele, afirmando que sem a entrega a domicílio, o gás de cozinha de 13 quilos pode ser adquirido por R$ 63.

De acordo com a Petrobras, o último reajuste ocorreu em 2015 e a correção atual não se aplica ao GLP destinado a uso industrial. Em setembro, o botijão de gás deve sumir novamente. Desta vez, entretanto, o reajuste será do Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado do Rio (Sirgaserj), que leva em conta a aplicação do dissídio para os trabalhadores das empresas distribuidoras.

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