Garantia da democracia

terça-feira, 09 de outubro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

*Marcos Espínola
A política de tolerância zero adotada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro na repressão de crimes eleitorais, dentre eles a famosa boca de urna, é primordial para garantir um dos mais importantes direito do cidadão, o voto. Cada eleitor dos 92 municípios fluminense, além de todo o país, é claro, deve ter a sua liberdade de escolha assegurada como manda a constituição.
Foram 50 mil homens da força de segurança que atenderam a capital fluminense e também as cidades de Magé, São Gonçalo, Itaboraí, Rio das Ostras, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes e Macaé.
Infelizmente, ainda nos dias de hoje, o velho voto de cabresto existe e a barganha de benefícios e até dinheiro por troca de votos é uma realidade mais próxima do que imaginamos. Além disso, o crime organizado tenta, já há algum tempo, eleger representantes no legislativo, infiltrando seus tentáculos no Poder constituído.
Por essas e outras que as tropas da Marinha e do Exército ocuparam áreas consideradas de risco ao eleitor. De acordo com a lei, foi proibido a partir das 22h de sábado distribuição de panfletos, utilização de carros de som ou qualquer tipo de comício e carreata em favor de qualquer candidato. Quem desobedecesse poderia ser detido em flagrante.
Enfim, a precaução do TRE fluminense foi pertinente e louvável, pois o pleito eleitoral, mobilização que mais representa o estado democrático de direito, não pode ser manchado por ações marginais. A democracia deve prevalecer para cada eleitor e este deve usar o voto, sua principal arma, para contribuir com um futuro melhor de sua cidade, escolhendo com consciência o seu representante. 

*Advogado criminalista

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