Originalmente, o espaço que foi transformado em Centro de Arte era um porão que servia de moradia para os escravos. Depois que o prédio foi adquirido pela prefeitura, passou a ser usado como depósito. Até que o doutor Heródoto Bento de Mello, com apoio do irmão Ariosto e do empresário Richard Ihns, da Fábrica de Rendas Arp, e anuência do prefeito da época, Amâncio Mário de Azevedo, transformou o local num espaço voltado para a arte e a cultura.
“Desde que entrei pela primeira vez no Centro de Arte eu nunca mais saí”, conta Júlio Cezar Seabra Cavalcante, o Jaburu, ao falar sobre o estreito vínculo estabelecido entre o grupo fundado por ele na década de 70, o Gama—Grupo de Arte, Movimento e Ação.
Jaburu foi um, entre tantos, que teve a emoção de percorrer centenas de vezes as salas, o palco, a coxia, a técnica e os corredores do Centro de Arte. E não exagera ao afirmar que o local é “o mais importante e o mais bonito na trajetória de Nova Friburgo em termos de arte, de cultura e de encontros do ser humano”. Por tudo isso e muito mais, precisamos olhar para o Centro de Arte com todo o carinho e respeito.
Quanto ao Teatro Bebete Castillo, Jaburu acredita que através de uma administração objetiva e prática é possível buscar recursos para restaurá-lo. “Os artistas friburguenses precisam de um lugar onde possam se manifestar, como já aconteceu em outras épocas”, declara.
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