GAM organiza movimento pelo Dia dos Impactos Climáticos

terça-feira, 08 de maio de 2012
por Jornal A Voz da Serra
GAM organiza movimento pelo Dia dos Impactos Climáticos
GAM organiza movimento pelo Dia dos Impactos Climáticos

Juliana Scarini

Na tarde de sábado, 5, um protesto ousado chamou atenção de quem passava pela Praça Dermeval Barbosa Moreira. O Grupo de Articulação dos Movimentos (GAM), que surgiu através das redes sociais e desde então vem atuando efetivamente na cidade, organizando reuniões com seus integrantes e realizando ações para conscientizar a população dos problemas do município, sempre com abordagem baseada em temas mundiais, promoveu mais um ato, desta vez ligado ao Dia Mundial dos Impactos Climáticos, organizado pela ONG 350.org. Tendo como tema “Ligando os Pontos”, o objetivo era reunir milhares de comunidades para agir de forma a destacar os dramáticos impactos das mudanças climáticas em todo o mundo. Segundo Janaína Gralato, coordenadora do Plano de Emergência da Sociedade Civil (Pesc) e integrante do GAM, “tudo está conectado e o objetivo desse movimento é mostrar para as pessoas como as nossas ações têm consequências nas mudanças climáticas e nos desastres naturais, como, por exemplo, jogar lixo no rio”.

Cada cidade que organizou um movimento pelo Dia Mundial dos Impactos Climáticos tinha que incentivar as pessoas a tirarem fotos com um ponto preto que simboliza um “ponto climático”. Cada um destes pontos representa como a mudança climática já está atingindo as comunidades locais. Alguns deles tinham mensagens sobre o clima, outros tinham imagens de algum evento climático extremo local, e alguns, apenas um ponto sem nada escrito ou desenhado. Os integrantes do GAM tiraram uma foto oficial com um ponto preto gigante. Todos que tiraram fotos deveriam enviar para o site da ONG 350.org.

Fotos da catástrofe de janeiro de 2011, da fotógrafa Regina Lo Bianco, estavam expostas e foram tiradas em diferentes bairros e datas, mostrando a visível destruição que ainda faz parte da rotina dos friburguenses. Essas fotos foram tiradas para o Pesc, e de acordo com Janaína Gralato, a intenção era sensibilizar através das imagens. Ela lembra também que o GAM aproveitou a oportunidade para lançar e mostrar para a população a campanha “Construindo Cidades Resilientes” da ONU (Organização das Nações Unidas).

A Pesc visitou e fez reuniões em 40 bairros da cidade, montando um Plano de Emergência para a cidade. Janaína conta que no dia 23 deste mês, o Pesc vai apresentar o resultado do trabalho para o prefeito Sérgio Xavier. Ela espera que a cidade seja inscrita na campanha “Construindo Cidades Resilientes”, que irá atrair olhares e investimentos para a cidade. Porém, só o prefeito pode fazer a inscrição do município.

Esta campanha da ONU busca engajar líderes e influenciar gestores públicos locais para que implementem os “Dez Passos Essenciais para Construção de Cidades Resilientes” em parceria com atores locais, organizações e redes da sociedade civil, além de autoridades estaduais e federais. As cidades inscritas reduzem os riscos urbanos, baseado em ações de Redução de Risco de Desastres (RRD), trazendo consequências positivas para a cidade. As cidades resilientes reduzem a pobreza, incrementam a geração de empregos, a equidade social e as oportunidades comerciais, além de tornarem os ecossistemas mais equilibrados e favorecerem melhores políticas de saúde e educação.

Com 170 participantes, o GAM já tem uma tradição na cidade de ocupar as praças públicas e dar voz e visibilidade a eventos e campanhas com foco no mundo todo. Um dos integrantes, Bernardo Fonseca, contou que foram exibidos vídeos e documentários numa das barracas montadas na praça, como por exemplo, sobre o “Rio+20” e a “Cúpula dos Povos”. O GAM pretende participar da “Cúpula dos Povos” contando a história da tragédia e como os movimentos surgiram através das redes sociais.

Mais informações sobre o GAM e os movimentos no blog www.gam-nf.blogspot.com.

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