Galeria KM7 inaugura exposição, lança livro e realiza mesa redonda

“Proximal” apresenta coleção de Marcelo Bozza e livro sobre o artista Ronald Duarte
terça-feira, 13 de junho de 2017
por Jornal A Voz da Serra
Washington Cucurto
Washington Cucurto

A Galeria KM7 promove três eventos a partir deste sábado, 10: a exposição Proximal, do colecionador Marcelo Torres Bozza, o lançamento do livro Ronald Duarte, sobre a trajetória criativa do artista através de suas obras, ações e intervenções, e uma mesa redonda sobre o tema Coleção e Mercado de Arte Hoje, a ser realizada na Galeria Energisa Cultural, nos dias 30 de junho e 1º de julho, com artistas, galeristas, curadores e colecionadores. A curadoria é de Ludimilla e Raphael Fonseca.    

Estão confirmadas as seguintes presenças: Marcus Lontra (crítico e curador); Felipe Barbosa e Rosana Ricalde (artistas e galeristas - Cosmocopa); Jaime Vilaseca (Portas Vilaseca Galeria, com depoimento em vídeo); Raimundo Rodrigues (artista, colecionador e galerista - Caza); Marcelo Torres Bozza (cientista e colecionador); Marcelo Brantes (artista e galerista - KM7); Carlos Eduardo Borges (artista e professor); Galeria OA/ES (depoimento em vídeo); Marcelo Caldas (artista e comerciante de arte); Ludimilla Fonseca (curadora); Raphael Fonseca (curador); e Roberto Braga (colecionador).

Uma experiência cotidiana e afetiva, segundo a curadora Ludmilla Fonseca

"A coleção de arte de Marcelo Bozza reúne trabalhos que, provavelmente, não compartilharia o mesmo espaço em expografias e catálogos mais “tradicionais”. Porém, uma vez colocadas em contato, estas obras conformam uma atmosfera inusitada de diálogo e familiaridade.

 Insistimos em exercícios de aproximação e estabelecimento de relações em um contexto global que reafirma diferenças e fronteiras com veemência. Neste intuito, descobrimos que pontos em comum são também pontos de partida.

 Então, naturalmente, comecei o percurso tentando entender de onde vem a vontade de exibir uma coleção particular. Como pesquisador e cientista, Marcelo sumarizou: “A natureza da coleção é ser exposta”. Pois bem. Concordamos que não há sentido em “guardar para si” aquilo que foi concebido para ser visto. Daí, seguimos.

 Ao deslocar do privado para o público, da casa para a galeria, Bozza compartilha um pouco da convivência íntima que ele (e sua família) têm com estas obras e seus autores. Não por acaso, os trabalhos desembarcaram na KM7 – literalmente, a “residência artística” de Marcelo Brantes, que é xará, amigo de longa data e artista estimado do colecionador. De uma casa para a outra, a mudança temporária é suave e, ainda assim, expressiva.

 Fica claro, então, que “Proximal” é reflexo de uma experiência cotidiana e afetiva. Afinal, artistas e cientistas, colecionadores e curadores são motivados por suas investigações e paixões pessoais.

 A interseção se deu em uma poética expositiva que não busca evidenciar “critérios de colecionismo”. Sobretudo, porque temos certa desconfiança a respeito destes parâmetros: não raras vezes, eles são mutáveis e inapreensíveis. Logo, esta reunião (mais que uma seleção) de obras é, sim, resultado de escolhas. Mas também de oportunidades, encontros, desejos.

 É daí que, por exemplo, coabitam a mesma “casa”: o primeiro trabalho vendido pela iniciante Maíra Barillo e a obra do veterano Ronald Duarte. Os tridimensionais minimalistas de Elmar Thome com a subversão dos objetos cotidianos de Daniela Seixas. A cartografia anatômica de Arjan Martins com as paisagens abandonadas de Jonas Arrabal. Os desenhos urbano-contemporâneos de Virgílio Neto com os desenhos antropofágicos de Flávio de Carvalho. E isso só para dar uma pincelada (injusta e superficial) no que “Proximal” exibe.

 Fico com a impressão de que, realmente, nenhum encontro é por acaso”. 

 

  • Arjan Martins

    Arjan Martins

  • Flavio de Carvalho

    Flavio de Carvalho

  • Marcelo Brantes

    Marcelo Brantes

  • Obras pela galeria

    Obras pela galeria

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