A SECRETARIA municipal de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu) está na crista dos acontecimentos na cidade com temas polêmicos que envolvem os ônibus intermunicipais, o estacionamento público e a proibição da circulação de caminhões pesados na cidade, sem falar nos planos para a criação do BRT. Porém, outros assuntos permanecem estacionados, dentre eles a mobilidade dos deficientes no município.
DE DEZ A doze por cento da população mundial (algo em torno de 700 a 800 milhões de pessoas) têm alguma deficiência física. Destas, perto de 90% vivem nos chamados países em desenvolvimento, e o mesmo percentual vale para os que estão em idade produtiva. No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, segundo o Censo de 2010. Não é surpreendente, então, que os problemas de mobilidade e acessibilidade urbana ganhem visibilidade e impulso, ainda mais para o funcionamento econômico e social das cidades.
CIENTE DA relevância desse assunto, a prefeitura de Nova Friburgo, no governo Renato Bravo, deveria criar um censo, especificamente para a população com deficiência. Não temos uma estimativa do número de deficientes físicos, sendo muitos usuários do transporte público, utilizado para se deslocarem a seus locais de trabalho e lazer.
MUITA GENTE enfrenta na cidade uma série de barreiras físicas e até culturais. Da mesma forma, quando não se tem acessibilidade, qualquer deficiência se torna mais séria: a pessoa com idade ativa não consegue chegar ao trabalho e a criança deixa os estudos porque não conta com escola acessível.
ACESSIBILIDADE e mobilidade urbana significam permitir que pessoas com deficiência tenham direito de ir e vir, Garantir o acesso é um dever de todos e principalmente do governo, pois é através dele que são inseridos meios e regras, para garantir a acessibilidade de forma igualitária. Hoje nós temos um grande descaso com as calçadas de nossa cidade. Os investimentos para melhorá-las são irrisórios, e poderiam trazer grandes benefícios.
O TEMA PRECISA fazer parte dos planos do novo governo incentivando os proprietários a melhorarem as calçadas, ao mesmo tempo em que a administração pública deve se preocupar com nossas ruas e praças, oferecendo qualidade de vida e interatividade dos deficientes com os serviços e a população em geral. É o que se espera para Nova Friburgo.
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