Funcionários da radiologia, essenciais para o funcionamento do Raul Sertã, entram em greve

terça-feira, 02 de julho de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Categoria reivindica equiparação salarial aos colegas do Estado do Rio   Considerada um setor básico, estratégico e essencial em qualquer hospital, a radiologia do Hospital Municipal Raul Sertã e da Maternidade enfrenta uma crise. Ontem, 1º, os 29 técnicos do setor decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado. A categoria exige equiparação ao piso regional. A assessoria jurídica da Fundação Municipal de Saúde informou que determinará que, pelo menos, 30% dos funcionários continuem exercendo as suas funções enquanto persistir a paralisação, conforme prevê a lei, para garantir um atendimento mínimo. Antes da deflagração do movimento ontem, os profissionais do setor chegaram a anunciar uma greve em abril, abortada na ocasião. Nos últimos meses, a categoria apresentou denúncia ao Ministério Público do Trabalho, Justiça do Trabalho e ao Sindicato Estadual relatando a situação e cobrando o cumprimento da Lei Federal 7394/85, que rege o tema. Ainda segundo a categoria, o piso praticado atualmente dos técnicos em radiologia no Raul Sertã é de R$ 678,00, menor do que o salário mínimo. O piso regional pretendido é de R$ 3 mil, além do adicional de insalubridade de 40%. O assessor jurídico da Fundação Municipal de Saúde, Hélio Alvarez, reconheceu a situação do pessoal da radiologia. Ele, porém, destacou que o problema é antigo, herdado de administrações passadas, de difícil solução, já que  qualquer reajuste teria que constar no orçamento municipal, o que não é o caso. Segundo ele, o reajuste pretendido pelo pessoal da radiologia provocaria um impacto multiplicador na folha do setor, crescendo de R$ 230 mil/ano para R$ 900 mil/ano, sem a necessária previsão orçamentária.     Técnicos da radiologia expôem cartazes cobrando pleitos da categoria: greve por tempo indeterminado Prefeito recebe representantes do magistério O prefeito Rogério Cabral recebeu representantes do magistério municipal para discutir demandas da categoria. Os profissionais da educação reiteraram um pedido de atenção especial aos pleitos dos professores, que estão há cinco anos sem reajuste salarial. A categoria reivindica 30% de reposição salarial, incorporação do abono de R$ 130, plano de carreira e convocação de concursados de 1999 e 2007, para suprir a demanda de pessoal nas 130 escolas e creches da rede pública municipal. Durante o encontro, Rogério Cabral disse estar sensível aos pleitos do magistério, bem como a situação de todo o quadro de funcionários da Prefeitura. Ele explicou que há no momento uma dificuldade legal de conceder qualquer reajuste, em virtude do município ter extrapolado o limite prudencial de gastos com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Após uma paralisação de 24 horas no dia 25, professores e pessoal de apoio da rede municipal de ensino participaram no dia 25 de uma assembleia no Sindicato dos Têxteis, onde foi aprovado um indicativo de nova greve parcial, de 48 horas, nos dias 10 e 11 de julho.     Dilma e Sérgio Cabral despencam na primeira pesquisa após onda dos protestos populares   Pré-candidata à reeleição, a presidenta Dilma Rousseff (PT) enfrenta o pior momento político do mandato iniciado em 2011. Há seis anos e meio no cargo, o governador Sérgio Cabral (PMDB) também teve o mesmo diagnóstico. Ambos os casos foram detectados pela pesquisa Datafolha, a primeira realizada após a onda de protestos que toma conta do país, divulgada no último fim de semana. Segundo o Datafolha, apenas 30% dos brasileiros consideram a gestão Dilma boa ou ótima. Em junho, antes do início dos protestos, a aprovação dela era de 57%. Se for feita uma comparação entre março (quando Dilma teve seu melhor momento, com 65%), a popularidade da presidente caiu pela metade. Em dois dias, o Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.  Em relação à pesquisa anterior, o total de brasileiros que julga a gestão Dilma ruim ou péssima foi de 9% para 25%. Numa escala de 0 a 10, a nota média da presidente caiu de 7,1 para 5,8. Na pesquisa mais recente, Dilma perdeu sempre mais de 20 pontos em todas as regiões do país e em todos os recortes de idade, renda e escolaridade. ESTADO DO RIO - A aprovação do governador Sérgio Cabral também despencou, aponta o Datafolha. O levantamento foi realizado em 27 municípios do Estado do Rio na semana passada. O pico da popularidade de Sérgio Cabral aconteceu em novembro de 2010, ocasião em que 55% dos cariocas e fluminenses consideravam a sua administração como ótima ou boa. Na pesquisa recente, este índice caiu para 25% — a menor desde 2007, quando ele assumiu o governo estadual. A soma de conceitos ruim e péssimo passou de 12% para 36%. A pesquisa foi realizada nos dias 27 e 28 de junho. Foram ouvidas 1.108 pessoas em 27 municípios. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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