Funcionários da Filó continuam em greve

quarta-feira, 02 de junho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Leonardo Lima

Na última sexta-feira, 28, a maioria dos funcionários da Fábrica Filó S/A (multinacional pertencente ao grupo Triumph Internacional) entrou em greve por tempo indeterminado. Segundo representantes da classe operária, a principal reivindicação é em relação ao piso salarial, que atualmente é de R$ 484, não estando de acordo com o piso estadual (R$ 603). O sindicato dos trabalhadores pediu 14% de reajuste e os empregadores ofereceram apenas 3%.

Segundo Edil Nunes, assessor do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo, o sindicato patronal apresentou no último dia 19 proposta para renovação da convenção coletiva de trabalho 2010/2011, que foi recusada por unanimidade pelos trabalhadores. “Foi solicitado que se retornem às negociações, pois a classe não quer abrir mão de algumas cláusulas que estão na pauta de reivindicação, como eliminação da exigência mínima de distância para concessão de vales-transportes e participação nos lucros da empresa”, explicou. Ele revela ainda que uma nova assembleia está agendada para o dia 10, em que estarão presentes os empregados das demais empresas do polo de moda íntima, que também pleiteiam o aumento.

De acordo com Edil, em reunião entre a empresa e o sindicato foram apresentados alguns números que demonstraram a recuperação da fábrica e, segundo seu diretor-presidente, o nível de produção poderá retornar a níveis de anos anteriores. No último dia 12, então, os funcionários decidiram que se as negociações não avançarem ou a empresa não apresentar nenhuma outra proposta, serão organizados diversos atos para conscientizar os demais trabalhadores sobre a necessidade da paralisação total da empresa.

Atualmente cerca de 20% dos funcionários ainda exercem suas atividades. “Diversos setores da Filó já estavam se organizando e foi esclarecido a todos os pormenores em relação a essa paralisação. O sindicato estará junto a eles e trabalhará para o sucesso da greve”, garantiu Edil.

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