Depois de cinco vitórias, um empate e quatro derrotas, a última delas nesta quarta-feira, contra o Americano, em Campos, o Friburguense está fora da final da Taça Santos Dumont, o primeiro turno do Campeonato Carioca da Série B1. Resta agora lutar pela Taça Corcovado, o segundo turno do campeonato. A estreia será dia 14, contra o América, no Giulite Coutinho.
Líder do grupo A, o Americano jogava a semifinal em casa e pelo empate. Já o Frizão, segundo colocado do grupo B, precisava vencer para chegar à decisão do primeiro turno e ficar ainda mais perto da semifinal geral. O time jogou sem o atacante Lohan, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
O Americano agora enfrentará o Tigres, que venceu o América no grupo B, a outra semifinal.
Ao longo desta primeira metade da temporada, o Frizão marcou 14 vezes e sofreu 11 gols (foto de Victor Costa).
No último sábado, 30 de junho, em Xerém, na Baixada Fluminense, a equipe, desfalcada, também acabou perdendo para o Tigres do Brasil por 2 a 1. O árbitro marcou um pênalti duvidoso para o Tigres e ignorou uma penalidade clara em Lucas Sales.
A análise de ViniciusGastin
O Friburguense, martelou, martelou, martelou... Mas a bola insistiu em não entrar, especialmente no primeiro tempo. Talvez tenha faltado capricho e a participação de Lohan, artilheiro da equipe, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, além dos lesionados Jefinho e Jorge Luiz. No final dessa soma, o resultado foi negativo.
O eficiente Americano aproveitou duas oportunidades ainda na etapa inicial, aos três e 41 minutos, construiu o placar e venceu por 2 a 0 na tarde da última quarta-feira, 4, no estádio Ângelo de Carvalho.
O time de Campos segue para a final da Taça Santos Dumont para enfrentar o Tigres, enquanto o Tricolor da Serra começa a pensar no segundo turno, a Taça Corcovado.
Frizão domina, mas alvinegro marca
O segundo lugar no grupo B obrigou o Friburguense a fazer uma longa viagem até Campos dos Goytacazes. E para uma equipe que precisava de gols para avançar à decisão do primeiro turno, em função da vantagem do Americano de jogar pelo empate, não ter o artilheiro Lohan tornou-se um desafio a mais. O atacante, suspenso por conta do terceiro cartão amarelo, foi o autor de sete, ou metade dos 14 gols marcados pelo Tricolor da Serra em toda a primeira fase da Taça Santos Dumont.
O técnico Cadão tinha algumas opções, mas não com as características de Lohan. A surpresa no banco foi Paulo Roberto, atleta com passagens anteriores pelo clube, que fez a pré-temporada para recuperar a forma física e ganhou oportunidade. Entre os titulares, entretanto, a opção por Ziquinha fez com que o atacante Dedé fosse descolado para jogar mais centralizado. Lucas Sales e Dieguinho foram mantidos, enquanto Juninho reapareceu no banco de reservas.
A missão do Friburguense, que era complicada, ficou ainda mais difícil quando Cláudio Maradona recebeu passe e apenas tocou na saída de Luiz Felipe para abrir o placar, aos três minutos. Na medida do possível, em meio ao péssimo gramado do Ângelo de Carvalho, o Tricolor tentou colocar a bola no chão e reagir ao baque.
Uma grande chance surgiu quando Ziquinha rolou para Dedé, praticamente cara a cara com o goleiro, bater, com desvio, com muito perigo aos oito minutos. De fato, o time comandado por Cadão entrou no jogo, ocupou o campo ofensivo e passou a dominar as ações, mas faltava um pouco mais de sorte. Aos 21 minutos, Ricardo cruzou, Dedé desviou de cabeça e Luís Henrique apenas olhou a bola passar rente ao ângulo.
O Friburguense pressionava, e o gol de empate parecia questão de tempo. Com a posse de bola, as chances apareciam, mas as possibilidades de contra ataque para o Americano também. Aos 34, Cláudio Maradona aproveitou uma bobeada da defesa e bateu para a boa defesa de Luiz Felipe. Pouco depois, o atacante honrou o homônimo argentino e fez bela jogada, sendo derrubado a um passo da grande área. A cobrança de Admilton passou à esquerda. Aos 41, o árbitro enxergou pênalti de Luiz Felipe em George. Marcos Vinícius cobrou e ampliou a vantagem. Dedé deu trabalho para Luís Henrique nos minutos finais, mas a bola insistiu em não entrar. Em suma: o Frizão jogou, e o Americano fez os gols.
Pressão continua, mas...
O placar do primeiro tempo premiou a equipe mais competente para aproveitar as chances criadas. Com a desvantagem, o Tricolor da Serra precisava de pelo menos três gols em 45 minutos, e Ziquinha e Damião deram lugar a Juninho e Paulo Roberto. Um Friburguense mais ofensivo e com centroavante de ofício.
Quem levou perigo primeiro, no entanto, foi o Americano, com Maikon Aquino, logo aos dois minutos. O Frizão teve boa oportunidade aos 12, em falta próximo à grande área, mas Juninho mandou para fora. Assim como no primeiro tempo, o Tricolor da Serra pressionava e o alvinegro contra atacava. Era perigo de um lado e risco alto de outro, e o técnico Cadão nem esperou o tempo técnico para dar a última cartada, promovendo a entrada de Yan.
O relógio jogou contra, e o nervosismo cresceu. A condição física também começou a pesar, depois de um primeiro tempo bastante intenso. Mais fácil, obviamente, para quem defende e joga pelo contra golpe definitivo. O cenário ficou ainda mais tenebroso quando, aos 30 minutos, Sérgio Gomes recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.
Dez minutos depois, o Friburguense também perdeu Bidu por cartão vermelho. Já nos acréscimos, Dieguinho tentou pela última vez para a defesa de Luís Henrique.
Agora o Friburguense tem pela frente, dez jogos na Taça Corcovado para tentar retornar à elite do futebol carioca em 2019.
Ficha Técnica
Americano 2 x 0 Friburguense
Campeonato Carioca Série B1 2018
Taça Santos Dumont – Semifinal
Estádio Ângelo de Carvalho, Campos-RJ
04/07/2018 – 15h
Renda: R$. 5.650
Público: 239 pagantes / 289 presentes
Árbitro: Diego Henriques Gandara
Assistentes: Rafael Rosa e Carlos da Conceição
Americano: Luís Henrique; Sanderson, Admilton, Kadu e Rafinha; Vandinho, Marquinhos e George (Abuda); Bruno Vianna, Maikon Aquino (Luan) e Cláudio Maradona (Paulo Vítor).
Técnico: Josué Teixeira
Friburguense: Luiz Felipe, Murillo (Yan), Sérgio Gomes, Bidu e Ricardo; Damião (Juninho), Vitinho, Dieguinho e Lucas Sales; Ziquinha (Paulo Roberto) e Dedé.
Técnico: Cadão
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