O tempo não é muito longo, a Seletiva é curta e o caminho até a fase principal do Campeonato Carioca da Série A vai ser repleto de desafios. Por conta disso, o Friburguense já montou todo o seu planejamento de preparação, e dentro desse contexto, a parte física recebe atenção especial, principalmente nestas duas primeiras semanas de trabalho. Os jogadores têm trabalhado em período integral pelo menos três dias, e seja com ou sem bola, a ênfase é a evolução e o nivelamento físico de todo o elenco.
O trabalho foi montado e é coordenado pelos preparadores Ana Paula Siqueira e Felizardo Félix, em conjunto com o acompanhamento da fisioterapia do clube. Testes, exames, mapeamento termográfico e montagem do programa de atividades fazem parte da rotina dos jogadores nesse primeiro momento. A união dessas vertentes é considerada fundamental pela comissão técnica, uma vez que o tempo até o jogo de estreia contra o Nova Iguaçu, no dia 21 de dezembro, é considerado curto.
“Juntamente com a Paula (Ana Paula Siqueira, preparadora física) e com a parte da fisioterapia, nós criamos uma condição diferente para esses dois primeiros períodos de trabalho para a Seletiva. Alguns jogadores chegam e apresentam cansaço muscular, outros estavam parados ou vindo de contusões. A gente avalia cada casa e divide, juntamente com a fisioterapia, para que os lesionados retomem rapidamente a condição física. É um objetivo nosso, pois temos pouco tempo até a competição.”
Nas duas primeiras semanas de trabalho, essencialmente, a atenção à parte física foi a prioridade do Friburguense. Mesmo durante os treinamentos com bola, sob comando do técnico Cadão, o lado da preparação não foi abandonado. Um dos desafios nessa primeira parte é equilibrar a preparação de todos os jogadores, com o intuito de colocar todo o grupo num patamar semelhante.
“Uma parte dos reforços está num nível bom, mas é preciso mais cuidado. Alguns terminaram os campeonatos antes, onde estavam, e vieram um pouco aquém do que nós esperávamos. Nesse tempo que temos de preparação, planejamos colocar todo o grupo em um nível, pelo menos, igual. Há alguns reforços que chegaram bem, numa condição próxima dos que já tínhamos aqui. Os jogadores que estavam no elenco e pararam por apenas duas semanas estão bem fisicamente, não perderam a parte física por completo. Mas o objetivo é esse mesmo: colocar todo mundo em patamar físico muito próximo até o jogo contra o Nova Iguaçu.”
Dentro do cronograma e do planejamento do clube também está previsto um período de treinos no Rio de Janeiro, em dezembro, provavelmente no CT do Vasco da Gama. Além da boa estrutura do local, a ideia é promover a aclimatação dos jogadores às altas temperaturas da capital fluminense, onde o Friburguense terá o primeiro desafio na competição.
“Temos que estar bem preparados para as condições de muito calor que nós vamos enfrentar, principalmente no Rio de Janeiro. O trabalho é feito também para suportar as altas temperaturas. Esse período no Rio de Janeiro será de suma importância, pois temos realmente que fazer uma adaptação, sendo que em Nova Friburgo estamos um clima mais ameno. No Rio é bem mais quente, e esses dez dias vão ser de grande valia para o Friburguense, para deixar os meninos em ponto de bala, adaptados para o jogo.”
Desde o retorno do recesso até o momento, os profissionais do Tricolor também trabalham na recuperação das perdas musculares que sempre acontecem no período sem treinos. Em um grupo com dezenas de atletas, fisiologicamente diferentes, o caminho encontrado é trabalhar cada caso em busca de algo próximo a uma unidade.
“Sempre há uma perda, por mais que seja um período curto de descanso, e às vezes perde-se também massa muscular, o que não é positivo. Começamos o trabalho com as avaliações de percentual de gordura, peso, medição de força para ver o grau muscular dos jogadores. Também utilizamos o protocolo de termografia para sabermos sobre a condição muscular. Alguns apresentam padrões distintos, e outros já estão mais equilibrados. Mesmo os jogadores que estavam com a gente apresentam alguns quadros que precisam ser trabalhados. Estamos fazendo isso juntamente com a Paula e o Felizardo, da preparação física, para direcionar o trabalho de acordo com as necessidades”, explica o fisioterapeuta Junior Arrais.
Luiz Felipe vibra com retorno e releva torcida pelo Frizão na B1
Uma das novidades do Friburguense para o Campeonato Carioca da Série A, fase Seletiva, é mais do que conhecido pelo torcedor tricolor. Revelado pelo clube, já foi um dos heróis em conquista de título e soma 64 jogos e um gol, de cabeça numa final de Copa Rio. Nem precisaria dizer que esse jogador é o goleiro Luiz Felipe, agora em sua sétima passagem pelo Frizão. Identificado e com história em Nova Friburgo, ele revela que se transformou em torcedor durante a campanha do título da Série B1.
"Fiquei muito feliz pela cidade e pelo clube, empenho da torcida, e eu era mais um torcedor do Friburguense. Sabemos que agora é preciso mudar de patamar, pois a Série B já passou e a Seletiva é um campeonato difícil. Estou muito feliz em voltar ao clube que me revelou, e desde já, contamos com a presença da nossa torcida, que sempre nos ajudou."
Luiz Felipe chega para ser mais uma opção para o técnico Cadão, juntamente com Afonso. Aos 27 anos de idade, passou por um momento delicado este ano, uma lesão no menisco do joelho esquerdo, sendo submetido a uma artroscopia. Por esse motivo não pôde participar do Estadual pelo Resende, ex-clube, e passou os últimos meses em tratamento. Totalmente recuperado, o goleiro já participa normalmente das atividades juntamente com os companheiros. "Tive uma lesão de menisco, e não pude participar do último estadual. Graças a Deus já estou curado e 100% para poder ajudar o clube."
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