Dois de alguns resultados que o Friburguense precisava, aconteceram. O primeiro e principal foi a vitória tranquila sobre o Gonçalense por 5x0, com dois gols de Dieguinho, dois de Dedé e um de Juninho. O outro foi a derrota do Bonsucesso para o Americano, que mantém o Tricolor da Serra com chances matemáticas, mesmo com os triunfos de Duque de Caxias e Audax. Apesar da situação ainda delicada, a vitória na tarde do último sábado, 18, no Eduardo Guinle, pesa também no aspecto emocional: pela primeira vez a equipe ganha duas consecutivas na Taça Corcovado, apresentando bom futebol. Moral para a sequência da segundona e para a Copa Rio.
“Nós colocamos o nosso ritmo e não deixamos cair no segundo tempo. Foi mais um grande jogo nosso. Estávamos precisando para levantar a moral da equipe. Estou trabalhando muito forte para fazer os gols, e Deus está abençoando. A adaptação à posição está boa, no começo foi difícil, mas o pessoal me ajuda muito, eu também pergunto e eles explicam. Os gols têm saído”, destaca o agora centroavante Dedé, um dos destaques da partida.
Pela Série B1, o Friburguense volta a campo apenas no próximo sábado, 25, quando viaja para enfrentar o Serra Macaense, no Moacyrzão. Antes, nesta quarta-feira, 22, o Tricolor da Serra enfrenta o Bangu, às 15h, em Moça Bonita, pelas oitavas de final da Copa Rio. No jogo de ida, em Nova Friburgo, as equipes empataram por 0x0.
Frizão domina
As vitórias de Audax e Duque de Caxias na manhã de sábado reduziram ainda mais as pequenas possibilidades de o Friburguense seguir brigando pelo acesso, antes mesmo de a equipe entrar em campo. O que não diminuiu foi a quantidade de desfalques, praxe durante toda a campanha na Série B1 do Carioca. Diante do Gonçalense, Ricardo, Jefinho (suspenso) e Lohan ficaram fora. Com Dieguinho no meio, Murillo na direita e Damião fechando o lado esquerdo, o Tricolor propôs o ataque em sua penúltima apresentação em casa na fase de grupos da Taça Corcovado.
Logo no segundo minuto, Ziquinha recebeu nas costas da defesa, levantou e o goleiro não conseguiu cortar. Gleison tocou de cabeça, e a bola caprichosamente passou por cima do travessão. A chuva começou a cair mais forte em Nova Friburgo, e os jogadores das duas equipes pareciam demorar para conseguir dosar a força do passe. Muitos erros, inclusive nas tentativas de finalização, e pouca criatividade. Quando passou a caprichar, o Friburguense encontrou os espaços pelas laterais, com Gleison e Ziquinha, e conseguiu abrir o placar aos 16 minutos. Após jogada pela esquerda, a zaga do Gonçalense rebateu nos pés de Dieguinho, que na entrada da área, apenas colocou no canto do goleiro.
Esse era o mapa da mina: as infiltrações em profundidade, explorando a velocidade e a movimentação dos atacantes. Foi assim que Gleison saiu na cara do gol aos 24 minutos, mas o bandeira assinalou o impedimento. Pouco depois, Ziquinha recebeu pela esquerda, levantou e Dedé escorou de cabeça. Jorge Luiz emendou de primeira, e Marco Antônio fez um verdadeiro milagre. No rebote, Dedé tentou de cabeça, e o goleiro voltou a defender. No minuto seguinte, foi a vez de Ziquinha bater com perigo para fora. Com o jogo na mão, o Frizão voltou a marcar aos 41 minutos, após jogada de Jorge Luiz pela esquerda e conclusão de Dedé para as redes.
Vitória vira goleada
O Friburguense iniciou o segundo tempo com a mesma proposta e intensidade. Posse de bola, jogo pelas pontas e a finalização de média distância de Murillo, sem direção. No entanto, um pequeno momento de distração proporcionou ao Gonçalense duas investidas pelo lado esquerdo, através de Jonnes, afastadas pela defesa. Nada que pudesse mudar o panorama, mas o placar ainda mexeria bastante. Aos 15 minutos, Luiz Felipe percebeu a defesa adversária adiantada e lançou. Dieguinho teve liberdade, dominou com estilo, passou por Marco Antônio e fez o segundo dele, o terceiro do Frizão.
O Gonçalense já não tinha o mesmo ímpeto para reagir, e o Friburguense controlava completamente as ações. Vez ou outra, forçava no ataque e criava situações. Foi assim que Juninho marcou o quarto, aos 29 minutos, e Dedé o quinto, já no final da partida. Com a vitória encaminhada, Cadão pôde poupar Dieguinho, Jorge Luiz e Vitinho, que apresentaram problemas de contusão recentemente. O Tricolor vence, sobrevive na B1 e ganha moral para a Copa Rio.
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