Em campo o time mostrou que, de fato, pode fazer do Eduardo Guinle o seu grande trunfo nesta série B do campeonato carioca. Diante de um adversário qualificado – é bom destacar -, o Friburguense apresentou a tão cobrada (pelos próprios jogadores) mudança de postura, fez uma apresentação melhor em relação à estreia, mas acabou castigado no segundo tempo, em uma das poucas chegadas do Tigres ao ataque. Desta forma, prevaleceu o 1x1 na noite da última quarta-feira, 31. Além do gol do artilheiro Lohan, a formação ofensiva, porém equilibrada, e a boa atuação do estreante Marcelo Costa na zaga mereceram destaque.
No pique de jogos da segundona, o Frizão volta a campo já no domingo, 4, às 15h, para encarar o Barra da Tijuca. O time da capital fluminense vai mandar o jogo em Conselheiro Galvão, estádio do Madureira. A tendência é que Merica mantenha a mesma formação e equipe.
“Nós evoluímos, melhoramos e mudamos a postura. Nosso time é bom, o grupo é forte e tem condições de vencer em qualquer estádio, como este do final de semana. Mas ainda temos muitas coisas para acertar. Não podemos sofrer um gol como o que nós sofremos”, reconhece o lateral Sergio Gomes, capitão do Friburguense diante do Tigres.
Ofensivo como no primeiro jogo, porém, um pouco mais equilibrado. Se Rafael perdeu o lugar e Lucas Sales fechou o desenho do meio-campo com Jefferson e Gleison, o Friburguense trocou a dupla de zagueiros e teve Bidu e Marcelo Costa, além de um lateral esquerdo de origem, Gabriel. Os dois escanteios em menos de um minuto desenhavam aquela que seria a postura da equipe no Eduardo Guinle. O Tricolor, ligado como cobraram os próprios jogadores, também presenteou o torcedor com um belo gol aos cinco minutos: Jarles e Jefferson participaram do lance com boa troca de passes e movimentação, até a bola chegar a Lohan. O camisa nove teve tranquilidade para tocar com categoria, no canto, e abrir o marcador.
Cenário completamente oposto ao de Campos, onde foi o Friburguense quem saiu atrás do marcador com poucos minutos de jogo. O Tigres tentou uma reação rápida, levantando algumas bolas na área de Luiz Felipe. Bidu, bem posicionado, evitou a finalização em uma delas. O jogo equilibrou e ficou truncado, como naturalmente era previsto. Os visitantes ameaçaram de fato aos 17 minutos, quando Claudio Pagodinho ganhou a dividida com Marcelo Costa e experimentou de canhota, à direita de Luiz Felipe. Havia poucos espaços para jogar, e quando eles apareciam, as conclusões deixavam a desejar.
Aos 30, Miguel foi acionado pela direita e conseguiu bater para o meio da área, mas Luiz Felipe se antecipou a Pagodinho e segurou. O goleiro voltou a aparecer bem pouco depois, desta vez para bloquear a investida pela esquerda. O Frizão chegou na sequência, quando a tentativa de jogada de Lohan respingou na defesa e sobrou para Jarles finalizar. Filipe, no centro da meta, encaixou com segurança. Em outra chegada, Lohan não alcançou o levantamento vindo da direita.
Um começo muito semelhante ao primeiro: Friburguense no ataque e trocando passes com boa dose de plástica. Gabriel rolou para Marcelo Costa, que se aventurava na grande área após escanteio. O zagueiro rolou de calcanhar para Jarles arriscar, sem direção, entretanto. Pouco depois, Lucas Sales e Jarles tabelaram, e o cruzamento foi na medida para Jefferson cabecear com perigo. Duas belas jogadas pela esquerda, primeiro com Lohan e depois com Gleison, levantaram a torcida. Mas a pressão foi maior quando Jarles foi tocado pelo zagueiro e caiu na grande área. Os torcedores e todos no banco pediram pênalti, porém o árbitro interpretou como lance normal. Os espaços, raros na primeira etapa, começaram a aparecer. O Friburguense teve alguns contra-ataques, mas encontrou dificuldades para concluí-los.
Os pedidos das arquibancadas foram atendidos, e o ídolo Ziquinha foi a campo na vaga de Jarles. Foi dele a bela jogada aos 35, que terminou no chute de Lohan por cima da meta. Descansado, entrou para reforçar a correria pela direita, especialmente nos contragolpes. Rafael também foi a campo no lugar de Jefferson para reforçar a marcação. No entanto, bastou um momento de desatenção para o Tricolor ser castigado. O Tigres teve uma falta para cobrar pelo lado esquerdo aos 39, numa das poucas chegadas no segundo tempo. Oliveira aproveitou o rebote na grande área e empatou o duelo. O Friburguense ainda tentou através de bolas alçadas à grande área, mas também sofreu alguns contragolpes perigosos. Nada capaz de alterar o empate em Nova Friburgo.
Ficha Técnica:
Friburguense 1x1 Tigres
Campeonato carioca série B 2017
Taça Santos Dumont – 2ª rodada (1º turno)
Estádio Eduardo Guinle, Nova Friburgo-RJ
31/05/2017 – 19h30
Público: 255 pagantes / 355 presentes
Renda: R$ 3.990,00
Árbitro: Rafael Martins de Sá
Assistentes: Rachel de Mattos e Carine Belmont
Friburguense: Luiz Felipe, Sergio Gomes (Rodrigo), Bidu, Marcelo Costa e Gabriel; Lucas Toledo, Jefferson (Rafael), Lucas Sales e Gleison; Jarles (Ziquinha) e Lohan.
Técnico: Merica
Tigres do Brasil: Filipe; Ronaldo, Admilton, Lucas Oliveira e Sapo; Wallace, Lucas, Chamel (Dudu) e Paulo Victor (Rony); Cláudio Pagodinho e Miguel (Matheus Avelar).
Técnico: Manoel Neto
Deixe o seu comentário