Frizão é derrotado pelo Nova Iguaçu e fica em situação delicada

O roteiro no estádio Laranjão foi o mesmo observado há duas semanas no Eduardo Guinle e no sábado passado em Resende. Os gols incríveis desperdiçados fizeram o Tricolor da Serra pagar caro mais uma vez, e desta forma, a situação no campeonato carioca fica delicada. O Nova Iguaçu contou com a frieza do experiente atacante Elias, ex-Botafogo, para vencer o duelo na Baixada Fluminense por 1x0. O gol aconteceu aos 42 minutos do segundo tempo, quando o time da casa tinha um jogador a menos.

Ainda 10º colocado na tabela de classificação, o Tricolor da Serra aposta todas as fichas no duelo do próximo domingo contra o Volta Redonda, às 16h, no estádio Eduardo Guinle. 

Um Friburguense desfalcado, porém, disposto a encerrar o jejum de sete partidas sem vencer. As ausências de Pierre, Zé Victor e Damião abriram espaço para a entrada de Tufy e o retorno de Rômulo Azevedo ao time titular. Do outro lado, o Nova Iguaçu apostava no experiente atacante Elias para buscar o primeiro triunfo no estadual. Foi dele o primeiro chute, aos cinco minutos, em chute cruzado. Na sequência, o camisa 9 não alcançou o levantamento de Gean Moreno. O Tricolor da Serra respondeu em tentativa de longa distância de Tufy. Jefferson caiu no canto direito e defendeu sem dar rebotes. Se o Nova Iguaçu tentou tomar a iniciativa, o Friburguense foi rápido e cirúrgico nos contragolpes, sobretudo nas investidas pela direita através de Ziquinha. No entanto, perigosa mesmo foi a cabeçada de Caíque após cruzamento de Jorge Luiz, à direita da meta, aos 18 minutos. O Nova Iguaçu esteve perto de abrir o placar com Elias, mas o goleiro Marcos, bem posicionado, defendeu.

Nem mesmo a parada técnica esfriou o momento de pressão do time da casa. As tentativas, contudo, não tiveram a direção do gol. Quando exigido Marcos apareceu bem, como aos 24 minutos, para evitar a conclusão de Elias. O Friburguense voltou a encaixar boa trama aos 32 minutos, mas quando Jorge Luiz armou o chute, a bandeira subiu alegando impedimento de Caíque. Mais presente ao campo de ataque, o Nova Iguaçu explorava a velocidade dos laterais Cesinha e Rodrigues. E o Frizão, a rapidez de Ziquinha: aos 38 minutos, o camisa 11 bateu com perigo para fora. Ainda antes do intervalo, Tufy deixou o campo para a entrada de Léo. O tempo foi curto para concluir os efeitos da alteração, mas de fato, o Friburguense desperdiçou chance incrível: Jorge Luiz arrancou e rolou para Caíque, com liberdade na grande área, finalizar para fora. O mesmo roteiro de outras partidas parecia se repetir no Laranjão.

Sem alterações, Friburguense e Nova Iguaçu retornaram dos vestiários em situação semelhante. A necessidade de buscar a vitória esbarrava no receio de tropeçar mais uma vez. O dilema, talvez, explique a postura do Nova Iguaçu em ter a posse de bola sem efetividade. Por isso, entre os minutos sete e 20, Renê Webber queimou as três substituições. Já o Tricolor da Serra esperava a oportunidade para contra-atacar. A partir de uma cobrança de falta, defendida por Jefferson, Jorge Luiz chamou a responsabilidade. Pouco depois arrancou em direção ao gol, e foi derrubado na entrada da área. Flavinho cobrou na barreira. Cesinha arriscou de longe e o chute, a princípio inofensivo, quicou no gramado e por pouco não traiu Marcos. O goleiro teve dificuldades para defender.

Com espaços para jogar a partir dos 15 minutos, o Friburguense parecia mais perto do gol. Após cobrança de escanteio, Bidu ajeitou, Cadão completou em direção ao gol e Cesinha afastou em cima da linha. A pressão inverteu de lado: Marcos evitou o gol de Elias, e na sequência, Sergio Gomes impediu que o chute de Paulo Henrique pudesse tomar a direção do gol. Foi o último ato do camisa sete, expulso aos 30 minutos após colocar a mão na bola e receber o segundo cartão amarelo. Neste momento, o Tricolor da Serra já tinha Thalles em campo. O centroavante tentou o cabeceio aos 33, mas errou o alvo. Jefferson foi a última cartada de Andreotti para aumentar o poder ofensivo. Mas foi Elias quem chegou próximo de abrir o placar aos 42 minutos: de forma sensacional, Marcos evitou o tento adversário. Pouco depois, não teve jeito. O experiente atacante recebeu na grande área e não perdoou. Ao contrário do Friburguense, o Nova Iguaçu foi eficiente e venceu a primeira partida no estadual de 2015.

Campeonato Carioca 2015

12ª rodada

26/03/2014 - 15h30

Estádio Jânio de Moraes, Nova Iguaçu - RJ

Público: 444 pagantes / 539 presentes

Renda: R$ 5.290,00

Árbitro: Daniel de Sousa Macedo

Assistentes: Alexandre Eller e Alexandre Eller e Paulo Vitor Paladino Carneiro

Nova Iguaçu: Jefferson, Cesinha, Anderson, Rodrigo Almeida e Rodrigues; Paulo Henrique, Vinícius Matheus, Dieguinho (Dudu) e Marlon (Christian); Elias e Gean Moreno (André Mello).

Técnico: Renê Weber

Friburguense: Marcos; Sergio Gomes, Cadão, Bidu e Flavinho; Rômulo, João Victor, Tufy (Léo) e Jorge Luiz; Caíque (Thalles) e Ziquinha (Jefferson).

Técnico: Gerson Andreotti

O timaço de Fernando Bonan entra em campo com você na Friburgo AM (660 khz) neste domingo, 29. É o campeonato carioca em ação. Confira os detalhes da transmissão:

A partir das 15h20 

Direto do estádio Eduardo Guinle

"Quem nunca jogou no Bimba?” A famosa frase, repetida de forma carinhosa entre os desportistas de Nova Friburgo, marca o trabalho desenvolvido por gerações. Carlos Weber Jaccoud, o conhecido Bimba, trabalhou com crianças em Olaria desde os 16 anos. Na época ele jogava no juvenil do Serrano e já tomava conta da categoria pré-mirim. Mais tarde, há 37 anos, ele formou uma escolinha de futebol com o amigo Carvalho, dos Correios, trabalho que continuou mesmo após a fusão do Serrano com o Fluminense.

Desta forma, em quase 50 anos de projeto, muitos foram os talentos revelados. Felipe, que jogou no Botafogo; Tinga, que jogou na Ponte Preta, Palmeiras e atualmente no Ceará; e Rafael Galhardo, ex-Flamengo e atualmente no Grêmio, e o irmão Marquinhos, do Friburguense, falecido em acidente automobilístico, são alguns exemplos. No entanto, mais do que atletas, Bimba ajudou a formar cidadãos. Mostrou a cada um de seus alunos o caminho da honestidade, do companheirismo e ensinou valores essenciais para a formação do ser humano. Sempre exigiu, por exemplo, boas notas de quem frequentou a escolinha. A cada nota vermelha uma bronca daquelas, de mestre para aluno, de pai para filho.

O esporte de Nova Friburgo perde um grande homem. O trabalho desenvolvido por Bimba deixa lições e raízes no município. Muitos que hoje são profissionais em diversas áreas poderiam ter seguido por outro caminho, não fosse a contribuição do serviço prestado por Bimba. Este, que vos escreve, teve a honra de, durante muitos sábados, calçar as chuteiras e participar da Escolinha. Viver e conviver com o professor, que se transformou em amigo. Quem nunca jogou no Bimba... Deixou de participar de uma linda história de dedicação. Obrigado por tudo, mestre.