Frizão é derrotado pela Cabofriense

Tricolor da Serra recebe o Resende nesta quarta-feira no Eduardo Guinle
segunda-feira, 28 de março de 2016
por Vinicius Gastin
Zagueiro Bruno foi mantido no time titular por Andreotti
Zagueiro Bruno foi mantido no time titular por Andreotti

E o vento levou a Cabofriense no primeiro tempo e o Friburguense na etapa final. Quem jogou a favor dele criou, pressionou e literalmente teve as brisas assoprando a favor. A diferença é que o time de Cabo Frio aproveitou a interpretação polêmica do árbitro, que assinalou penalidade cobrada e convertida por Franco, suficiente para garantir o placar final de 1 a 0 para o time da casa. A partida foi na noite do último sábado, 26, no Correão, na Região dos Lagos. Com a derrota, o Tricolor da Serra estaciona nos três pontos e ocupa a quinta colocação na Taça Rio.

Nesta quarta-feira, 30, o Friburguense recebe o Resende, às 19h30, no Eduardo Guinle. A diretoria tricolor vai manter a promoção da troca de uma garrafa pet vazia por um ingresso, sem acréscimo algum de dinheiro, para o próximo jogo em Nova Friburgo. A promoção é fruto de uma parceria com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro. Portanto, basta levar o pet vazio à entrada do estádio para prestigiar o Frizão em seu quarto desafio pela segunda fase do campeonato carioca.

Mão na bola?

O jovem Bruno conquistou mesmo a confiança do técnico Gerson Andreotti. A ótima atuação na rodada anterior rendeu ao jovem zagueiro a condição de titular, deixando inclusive o capitão Cadão como opção no banco de reservas. Outra ausência entre os experientes foi Bidu, que não se recuperou a tempo da lesão. Mas um representante do quarteto de ídolos da torcida estava em campo, inclusive, com a braçadeira: pela primeira vez na temporada, Sérgio Gomes iniciou uma partida.

A Cabofriense investiu algumas vezes exatamente pelo lado esquerdo de ataque, o de direita de defesa do Friburguense. Por lá, aos dez minutos, Maicon Souza recebeu em velocidade e bateu cruzado. Marcos defendeu, não conseguiu segurar e Diego Guerra teve que afastar o perigo para escanteio. Em meio a marcação forte e algumas divididas mais ríspidas, as equipes apelaram para a ligação direta. O Frizão quase sempre buscava Caíque, ou mesmo as ultrapassagens de Sérgio Gomes. Mas nada capaz de assustar Andrey nos 20 primeiros minutos.

O Friburguense se defendia relativamente, mas era pouco agressivo. Muito em função dos erros de passe na saída de bola. Sem tanta criatividade, a Cabofriense assustou em bola cabeceada para fora aos 25. O Tricolor da Serra, enfim, chegaria com perigo aos 28 quando a bola cruzada na grande área sobrou para Jorge Luiz bater prensado com o goleiro Andrey.

No contra ataque, entretanto, o árbitro enxergou pênalti em bola que tocou no ombro de Zé Victor. Marcos até acertou o canto, mas não conseguiu evitar o gol de Franco. O Friburguense esboçou uma pressão, mas sem conseguir finalizar. A Cabofriense voltou a dar trabalho a Marcos aos 33 minutos, quando o goleiro saiu aos pés de Maicon para abafar o chute. Ainda no primeiro tempo, Andreotti promoveu a entrada de Pierre na vaga de Zé Victor. Um volante por outro, o que não acrescentou nada em termos de poderio ofensivo à equipe. O Frizão não se adaptou às condições do campo e ao vento forte, sendo assim praticamente inofensivo na etapa inicial.

Frizão melhora, mas não marca

Os ventos sopravam a favor do Friburguense na etapa final. Literalmente. Em menos de cinco minutos, foram três triangulações que colocaram a equipe em uma condição diferente de agressividade. A dificuldade para trocar passes parecia ter mudado de lado, provocando a irritação do torcedor cabofriense. Foi numa dessas, ao melhor estilo do título do filme “E o vento levou”, que um chutão virou lançamento para Jefinho, derrubado na entrada da área aos 12 minutos. Gleison cobrou à meia altura para fora. Pouco depois, o camisa 11 acertou o alvo, mas Andrey caiu no canto para defender sem rebote.

A posse de bola era, em maioria, do Friburguense. O que não necessariamente significou chances diversas para empatar o jogo. Na busca por aumentar o poder de fogo, Andreotti ousou ao tirar Sérgio Gomes e colocar Ziquinha, praticamente como um ponta direita. A entrada de Jefferson na vaga de Gleison seria a cartada final. Na primeira do jovem atacante, um chute cruzado para a defesa de Andrey.

Já Eduardo Húngaro apostou na força de Charles Chad, que usou o corpo para proteger, girar e bater para fora aos 33 minutos, na melhor chegada dos anfitriões no segundo tempo. Mesmo destino do levantamento de Flavinho, que por pouco não foi alcançado por Ziquinha. Na base da pressão, o Tricolor da Serra teve falta na risca da grande área. Marcos atravessou o campo para cobrar, mas carimbou a barreira. O camisa um foi mais importante para evitar o segundo da Cabofriense já nos acréscimos. Não adiantou o vento soprar a favor do Friburguense.

Ficha Técnica

Cabofriense 1 x 0 Friburguense
Campeonato Carioca 2016 - Taça Rio
3ª rodada
26/03/2016 - 19h30

Estádio Alair Correa, Cabo Frio - RJ
Renda: R$ 9.000
Público: 1.500 pagantes / 2.088 presentes

Árbitro: Diego da Silva Lourenço
Assistentes: Marcello Oliveira da Costa e Carlos Henrique de Souza

Cabofriense: Andrey, Júlio Lopes, Raphael Andrade, Juliano, Leandro, Gilson, Pedro Henrique, Franco, Keninha (Charles Chad), Maicon Souza (Cubango) e Igor Luiz (Marquinhos do Sul).
Técnico: Eduardo Húngaro

Friburguense: Marcos; Sérgio Gomes (Ziquinha), Bruno, Diego Guerra e Flavinho; Zé Victor (Pierre), Vitinho, Jorge Luiz e Gleison (Jefferson); Jefinho e Caíque.
Técnico: Gerson Andreotti

  • Jogo no Correão teve muita marcação de ambos os lados

    Jogo no Correão teve muita marcação de ambos os lados

  • Opção ofensiva, meia Gleison movimentou-se bastante em busca de espaços

    Opção ofensiva, meia Gleison movimentou-se bastante em busca de espaços

  • Manutenção de Bruno e Zé Victor: opções de Andreotti para o jogo em Cabo Frio

    Manutenção de Bruno e Zé Victor: opções de Andreotti para o jogo em Cabo Frio

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