Foi lançada nesta quarta-feira, 17, a exposição “Fridissima”, da artista plástica Thais Tavares. Com o nome que faz jus a que veio, a mostra reúne, no mezanino do Sesc Nova Friburgo, algumas das obras da friburguense que retratam Frida Kahlo.
Inspirada no cotidiano e apaixonada pelo símbolo de força e independência de Frida, Thais começou a pintar a famosa artista mexicana desde o ano passado e já tem um acervo de telas com o tema. “Além de gostar de retratar mulheres, sempre quis pintar alguém que tivesse algum significado verdadeiro e que amasse a vida. Frida foi assim. Sofreu muito, mas foi guerreira e buscou viver seus dias intensamente. Acredito que todas temos um pouco dela em nós, por isso comecei esse trabalho”, conta Thais Tavares.
As obras da artista friburguense também combinam a delicadeza das flores com a vivacidade da pop art e são influenciadas pelas cores da natureza e pelos diferentes lugares pelos quais Thais já passou. Além de visitar diversos países em busca de inspirações, ele já teve suas obras expostas em galerias de Nova Iorque e Nova Jersey e realizou um trabalho em Bali, estampado sua arte em cangas.
A mostra “Fridissima” vai até o dia 18 de julho, no Sesc Nova Friburgo, localizado na Avenida Presidente Costa e Silva, 231, no bairro Duas Pedras. Vale a pena conferir o talento da friburguense na exposição que está aberta a visitação de terça à sexta-feira de 8h às 17h e de 9h às 18h aos sábados, domingos e feriados. A entrada é gratuita. Esta é a segunda exposição da artista plástica no Sesc da cidade.
Frida Kahlo: a mulher que fez da dor matéria-prima
Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, conhecida apenas como Frida Kahlo, nasceu em julho de 1907 e desde muito nova teve sua vida marcada por altos e baixos. Muito além das flores na cabeça e da monocelha bem características de Frida, ela deixou um grande legado para o mundo com suas pinturas e se tornou um símbolo de força para as mulheres.
A artista mexicana passou por uma série de acidentes, doenças e operações ao longo de sua vida, e levou a dor e os traumas para seus quadros. As dificuldades começaram cedo. Em 1913, aos seis anos, Frida teve poliomielite, que deixou sua perna direita mais curta que a esquerda. Os colegas não perdoaram e a apelidaram de “Frida pata de palo” (“Frida perna de pau”). Já aos 18 anos, em 1925, Frida e o noivo estavam em um bonde que colidiu com um trem. O pára-choque de um dos veículos atravessou o corpo de Frida. Foram inúmeras cirurgias para reconstruir partes do corpo e um longo período entre a vida e a morte no hospital. Devido ao acidente, a mexicana ficou com sequelas que a obrigavam a usar coletes ortopédicos.
Foi exatamente nesse período em que esteve acamada que Frida começou a pintar usando um cavalete adaptado à cama e a caixa de tintas de seu pai, Guillermo, que pintava por hobby. Esse foi um dos motivos para que a artista mexicana fosse tão reconhecida no mundo das artes. Diferentemente de muitos artistas de renome, ela não começou a mostrar aptidão para a pintura desde pequena.
Frida fez de sua vida tema de suas obras. Além de ser acometida por problemas graves de saúde, a mexicana também tinha uma vida amorosa bastante conturbada, convivendo com diversas traições de seu marido, Diego Rivera, que chegou a trocá-la por sua própria irmã. Mas ela não escondia seu sofrimento, pelo contrário: fazia dele matéria-prima para suas pinturas. Frida estava muito à frente de seu tempo e era autêntica independentemente das ocasiões ou modismos, mantendo sempre um estilo muito próprio. Isso a ajudou a criar uma figura forte, que tem inspirado muitos estilistas e artistas plásticos até os dias de hoje. Frida Kahlo morreu em 13 de julho de 1954.
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