Juliana Scarini
Desde julho de 2009 entrou em vigor no Estado do Rio a lei nº 5502/09, que determina o recolhimento e substituição de sacolas plásticas por bolsas reutilizáveis. Em Nova Friburgo, pouca gente tem o costume de adquirir as sacolas ecologicamente corretas, disponível em todos os supermercados, com preços variando entre R$ 2 e R$ 3.
As sacolas plásticas convencionais dispostas inadequadamente no meio ambiente levam mais de 100 anos para se decompor. Por esse motivo, as mesmas deveriam ser descartadas em locais apropriados, como, por exemplo, de coleta seletiva. A lei determina, também, que os comércios podem fornecer um desconto de R$ 0,03 a cada cinco itens comprados que não forem levados para casa em sacolas convencionais.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Brasil consome aproximadamente 12 bilhões de sacolas plásticas anualmente. A saída para quem pensa no meio ambiente e o futuro das próximas gerações são as sacolas feitas de TNT, material resistente e que pode ser reutilizado por diversas vezes. Há a opção das sacolas feitas em tecido ecologicamente correto, algumas, inclusive, com design moderno e com características da moda. São opções que buscam atrair a atenção do consumidor para a consciência ambiental.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) é o órgão responsável pela fiscalização em supermercados, mercearias, padarias e outros estabelecimentos comerciais, como forma de fazer prevalecer a lei. Em Nova Friburgo, O Inea ainda não fez nenhuma fiscalização nesse sentido nos comércios.
Há mais de dois anos que a lei foi estabelecida no estado, mas ainda são poucos os friburguenses que se conscientizaram da importância de introduzir mudanças nos hábitos de consumo. A lei prevê a troca de 50 sacolas plásticas por um quilo de alimento da cesta básica. No entanto, o estabelecimento que receber essas sacolas deve comprovar que o material teve a destinação correta.
O gerente de um supermercado local, Mário de Lima, disse que por semana são vendidas 60 sacolas ecológicas. Ele ainda ressalta que apesar de algumas pessoas trazerem as sacolas de casa ou adquirirem uma ecológica, “ainda tem muita gente que opta pelas sacolas de plástico e pedem para colocar ‘reforço’ nas bolsas, para utilizar como saco de lixo em casa”. O objetivo da lei é acabar com a banalização e uso das sacolas.
Francisco Alves acha que os supermercados deveriam “oferecer caixas de papelão para levar as compras para casa, assim economizaria boa parte das sacolas, mas, até hoje, eu ainda não vi um supermercado com essa iniciativa”, destacou lembrando que as mercadorias, em sua maioria, chegam em caixas que poderiam ser disponibilizadas para os clientes que fazem compras maiores.
Em caso de irregularidades, o comerciante é notificado e tem até 30 dias para se adequar à lei. A multa de descumprimento pode chegar a até R$ 20 mil.
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