Amine Silvares
Um ano após a maior catástrofe climática do país, friburguenses ainda sofrem para tentar receber o benefício do governo estadual. A promessa de que todos seriam atendidos não foi cumprida e milhares de moradores reclamam da falta de respostas para a resolução do problema.
No fim do ano passado, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) incluiu mais R$35 milhões para o orçamento de 2012, a fim de serem disponibilizados para o pagamento do aluguel social a mais de sete mil famílias que ficaram desabrigadas após a tragédia de janeiro. A emenda, que garantiu a continuidade do pagamento do benefício, vem acompanhada de uma promessa da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador Sérgio Cabral (PMDB) de dar casas populares para os mais afetados. A Câmara de Nova Friburgo garantiu ainda que as mais de 2.500 famílias que já recebem o benefício continuarão a recebê-lo em 2012. Outras 2.200 famílias cadastradas também terão acesso à ajuda de R$ 500 mensais.
No entanto, muitas famílias reclamam que mesmo após dois cadastros, não tiveram acesso à ajuda. Moradora da Chácara do Paraíso, Laiane de Jesus conta que perdeu sua casa em janeiro do ano passado e que já fez os dois cadastros para receber o aluguel social, só que não foi contemplada com nenhum tipo de auxílio do governo. Assim como ela, mais de dois mil friburguenses reclamam da falta de assistência.
Muitos também estão na lista para ganhar um dos apartamentos populares prometidos pelo governo estadual. Foram garantidas a construção das 2.200 moradias na região da Trilha do Céu, em Conselheiro Paulino, mas as obras só devem ser iniciadas no mês que vem, e o prazo final para a entrega dos apartamentos é de aproximadamente um ano.
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