A campanha eleitoral já começou, as candidaturas estão na rua e é hora de reflexão, de conhecer um pouco os candidatos, seus objetivos, seu passado, o grau de mentira embutido na sua propaganda; enfim tentar eleger aqueles que usam a política em proveito próprio, mas pensam um pouco no coletivo e em como usar as verbas públicas para melhorar a qualidade de vida da população.
Em toda eleição, e haja dinheiro para bancar uma a cada dois anos como no Brasil, as promessas na melhoria da saúde, da educação e da segurança são uma constante no programa de todos, não importa o mandato que disputam. Presidentes, governadores, deputados, seja federal ou estadual, e senadores têm a fórmula mágica para resolverem as mazelas nossas de cada dia. Passadas as eleições, emprego garantido por pelo menos quatro anos, são acometidos de amnésia coletiva e esquecem em pouco tempo tudo que prometeram.
Nas cidades menores, como Nova Friburgo, ainda podemos nos dar ao luxo de conhecermos nossos candidatos, pois muitas vezes prezam de nossa amizade ou frequentamos os mesmos lugares, e isso nos dá a oportunidade de cobrarmos aquilo que disseram durante os comícios ou programas de rádio, televisão ou na internet.
Daí a importância da campanha lançada, semana passada, pela Associação Friburguense de Imprensa: “Friburguense vota em friburguense”, no que diz respeito aos deputados federal e estadual. Não se deve entender isso como se meter na vida do eleitor ou mesmo de induzir o seu voto. Pelo contrário, é uma maneira de mostrar ao candidato o compromisso a ser assumido com a cidade, pois ele será seu representante nas câmaras estadual ou federal; afinal ele deve satisfações aos que nele vão votar e o eleitor poderá reclamar com justa razão se o seu candidato for omisso, ineficiente ou corrupto.
Devemos lembrar que os candidatos de fora, aqueles que transformam Nova Friburgo num simples curral eleitoral, apenas satisfazem a uns poucos, os que recebem uma verba para a campanha, verba essa que é distribuída também em outras comunidades. Na realidade eles não têm nenhum vínculo com a cidade, pois não são daqui, não conhecem a nossa realidade e nem estão preocupados em conhecê-la. O importante é o somatório de votos que pode determinar uma vaga na câmara.
Pessoalmente não acredito mais nos nossos políticos; ao longo de todo nosso período republicano é visível a deterioração do homem público brasileiro, seja na conduta, seja na formação intelectual e, principalmente, moral. O voto impessoal, como o que acontece nos grandes conglomerados urbanos, dá margem a esse tipo de postura, pois o eleitor se baseia no que é veiculado no período de propaganda eleitoral, uma verdadeira fábrica de ilusões.
O Rogério Cabral, o Glauber, o Renato Abi-Ramia, a Jamila e os demais eu conheço, eu sei onde trabalham e os locais em que eles podem ser encontrados; isso me dá a oportunidade de cobrar, de questionar, de elogiar o serviço ou o desserviço que estiverem prestando à comunidade friburguense. Os de fora ganham seus votos aqui e depois nos dão as costas muitas vezes sem mesmo saber aonde é Nova Friburgo.
Em 3 de outubro não se esqueça, dê seu voto a um candidato de Nova Friburgo.
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