Friburguense entrega Títulos de Lauréis a personalidades da história do clube

quarta-feira, 31 de dezembro de 1969
por Jornal A Voz da Serra
Friburguense entrega Títulos de Lauréis a personalidades da história do clube
Friburguense entrega Títulos de Lauréis a personalidades da história do clube

Vinicius Gastin

Uma história de 34 anos escrita por centenas de personagens desde 14 de março de 1980. Alguns deles foram reconhecidos e homenageados pelo Friburguense no último domingo, 16, em evento realizado na sede social do clube. A diretoria tricolor entregou títulos de sócio laureado e honorário a oito pessoas que, de alguma forma, contribuíram com o Frizão, antes mesmo da fusão entre Fluminense de Friburgo e Serrano.

"Para nós, é uma grande honra homenagear quem contribuiu com o Friburguense. Tenho certeza que, a nível mundial, dificilmente algum outro clube possui jogadores que vestem a mesma camisa há 20 anos”, destacou o presidente Wagner Faria em seu discurso inicial.

A cerimônia teve início com a entrega do título de laureado, dedicado a quem defende o Friburguense e se destaca pelo clube por pelo menos dez anos. O agraciado foi Waldir Muniz Dutra, jogador do antigo Fluminense de Friburgo entre os anos de 1960 e 1974, período em que conquistou diversos títulos do futebol amador da cidade em todas as categorias. "Joguei inclusive com o Nideck [Carlos Alberto, diretor de futebol]. Ganhamos torneios em todas as categorias e eu fui criado dentro desse clube. Fico muito orgulhoso por receber esse título”, declarou.


Ídolos recentes reconhecidos

Após o reconhecimento a uma figura importante do passado, personagens fundamentais na história recente do Friburguense foram homenageados com o título de sócio honorário, oferecido a quem não é associado e se destaca pelos serviços prestados ao desporto ou outras atividades. O primeiro deles, inclusive, é considerado o maior ídolo do Frizão por muitos torcedores. Jorge Eduardo Gomes de Souza vestiu a camisa tricolor entre 1998 e 2004 e esteve presente nas duas melhores campanhas do clube na série (as quartas colocações em 1999 e 2004). "Agradeço principalmente a duas pessoas por esse momento. Ao Siqueira, que me ajuda desde a base do Fluminense, onde jogamos juntos, e ao Alexandre Ferreira, que era o presidente e ajudou a me contratar. Eu sempre fui Fluminense, mas hoje eu posso dizer que sou mais Friburguense e até brigo por esse clube.”

Na sequência, um dos atletas mais queridos pela torcida recebeu a honraria. Flavio Luis Chagas, o Ziquinha, chegou a Nova Friburgo em 1998 e desde então defende as cores do clube. "Eu tenho o Friburguense como a minha casa e, com esse título, a minha filha Ana Julia também terá. Ela vai crescer aqui dentro”, garante. 

Considerado um exemplo por sua entrega dentro de campo, Marcio Guindani Soares, o Bidu, não conteve a emoção antes mesmo de receber o título das mãos do pai. Nascido e criado na cidade, o volante recordou a chegada ao clube e reiterou o sentimento de carinho pelo Friburguense. "Nunca escondi o amor que tenho pelo Friburguense. Agradeço a Deus, à minha família e ao Siqueira, que acreditou em mim desde quando eu jogava futebol amador no campo do Pastão, em Conselheiro. Ele me tirou da loja de tintas onde eu trabalhava e me trouxe para cá. Foi assim que tudo aconteceu.”

Quando Bidu iniciou a carreira, Adriano Silva Francisco já era consagrado no futebol nacional. O ex-goleiro do Flamengo chegou ao Friburguense no final da década de 90, ajudou a consolidar a equipe na elite do futebol carioca e brilhou na conquista do último título oficial, a Taça João Ellis Filho em 2009. "O Friburguense abriu as portas pra mim e sou muito grato por isso. Hoje eu, Eduardo, Cadão, Sergio Gomes, Bidu e Ziquinha somos as referências do clube. A minha vida é o Friburguense. Perdi o meu pai recentemente e estou sozinho para receber o prêmio. É difícil, mas tenho todos aqui no clube como a minha segunda família”, declarou emocionado.


Paulo Fagundes: 20 anos de dedicação

Antes mesmo de Bidu, Ziquinha, Adriano e Eduardo vestirem a camisa do Friburguense, Paulo Cesar Fagundes tinha a missão de cuidar da preparação física dos jogadores. A princípio, o preparador faria apenas um trabalho no estadual de 1994, mas a relação entre Paulinho e o Friburguense completou 20 anos neste estadual. "Acho que nenhum dinheiro paga tudo isso. Eu vim do Rio de Janeiro para fazer um campeonato, acabei ficando, mudei para Nova Friburgo e ainda trouxe os meus pais. Constituí uma família aqui.”

O empresário Jeferson Thedin também ganhou o título por conta de colaborações na parte social e ajuda no transporte das cadeiras do Maracanã para o Eduardo Guinle. "Sou de Olaria, onde morei até os meus 19 anos. Estou muito orgulhoso e voltarei a frequentar o clube em grande estilo com esse título.”

Encerrando o dia de homenagens, o jornalista Humberto Fontão foi reconhecido pelas décadas de cobertura diária do Friburguense para a rádio Nova Friburgo AM. "Eu cheguei a jogar no Fluminense em 1951, no juvenil do clube. Fui diretor durante algum tempo e a divulgação é fundamental. Fazíamos cartazes dos jogos e espalhávamos pela cidade. Na rádio, tínhamos um horário só para falar sobre o clube”, recorda.

A funcionária Orlânzia de Souza Bastos também foi lembrada pelos 15 anos de serviços prestados ao Friburguense. Dentre anônimos e jogadores consagrados, oito nomes que fazem parte de uma trajetória de quase três décadas e meia.

 

Mesa de cerimônia foi composta pelo presidente Wagner Faria e demais diretores do clube presentes no evento

 

Waldir Dutra jogou por todas as categorias do antigo Fluminense de Friburgo 

 

Um dos maiores ídolos da história do Friburguense, Eduardo não escondeu a emoção com a homenagem 

 

Titular do Frizão no Carioca deste ano, Ziquinha é um dos jogadores mais queridos pela torcida


 

Bidu recebeu a placa das mãos do pai: volante destacou a importância da família na vida dos jogadores

 


Há 20 anos no clube, o preparador Paulo Fagundes teve o trabalho reconhecido pela diretoria do Friburguense

 

Adriano dedicou o título ao falecido pai: "Uma pena ele não estar aqui para presenciar esse momento”


 

O empresário Jeferson Thedin ajudou no transporte das cadeiras do antigo Maracanã para o Eduardo Guinle

 

O jornalista Humberto Fontão realizou a cobertura diária do clube durante décadas







 




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