O panorama da primeira semifinal pouco foi diferente dos dois confrontos anteriores entre Friburguense e Resende. Muita disposição, marcação, briga pelos espaços no campo de jogo e oportunidades de gols escassas. Ambas as equipes tiveram chances, e o Frizão teve um pênalti sofrido por Sergio Gomes. No lance, inclusive, o goleiro visitante foi expulso e balançou as redes. Foi o suficiente para o Tricolor da Serra vencer por 1x0 no Eduardo Guinle, quebrar a invencibilidade do rival no torneio e abrir vantagem na briga por vaga na decisão da Copa Rio. O confronto final será amanhã, 19, às 16h, no Estádio do Trabalhador.
Na outra semifinal, o Boavista venceu o Madureira por 1x0 em Conselheiro Galvão, e joga por uma empate em casa para avançar à final.
Muita vontade, poucas chances
A opção do técnico Gerson Andreotti por Rômulo no meio começou a ser justificada logo nos primeiros minutos. O meio-campo mais marcador e de igual qualidade manteve a posse de bola, e a chegada surpresa de Bidu ao ataque por pouco não resultou em belo passe para Caíque. Pouco depois, o camisa nove recebeu em profundidade de Sergio Gomes e tentou rolar para Jorge Luiz, mas a defesa antecipou. O Resende foi armado por Edson Souza para explorar os contragolpes. E assim o fez aos dez minutos, quando Geovane recebeu, cortou para o meio e bateu para a excelente defesa de Luiz Felipe. A velocidade dos atacantes alvinegros era a principal arma para tentar conter um Friburguense bem disposto, mas com dificuldades para encontrar espaços na defesa rival. A bola parada passou a ser uma opção, e aos 16 Jorge Luiz cobrou falta que ele próprio sofreu com perigo, e obrigou Arthur a fazer boa intervenção. O meia ajudou a pressionar a saída de bola do Resende pouco depois, mas não conseguiu fazer o passe para Felipe finalizar. As melhores chances na sequência surgiram na bola parada. Geovane e Bidu, no entanto, não conseguiram alcançar os levantamentos.
Aos 26 minutos, um lance gerou muitas reclamações de ambos os lados. O Resende chegou a balançar as redes, mas em posição irregular. O bandeira demorou a confirmar a irregularidade, e foi preciso que o árbitro conversasse com o auxiliar para invalidar o lance. Aos 30, o Friburguense voltou a ameaçar quando Caíque ganhou do zagueiro no alto e ajeitou para Ziquinha bater com perigo, à direita. Por aquele mesmo setor, Ziquinha tabelou com Rômulo, que escorou para Sergio Gomes bater. A bola tinha a direção do gol, mas carimbou a zaga. O Tricolor da Serra passou alguns minutos sem o capitão Cadão, que era atendido fora de campo. A equipe não foi ameaçada, mas também pouco atacou. Felipe teve a última oportunidade aos 45 minutos e bateu para fora.
Léo entra e marca
O Friburguense voltou dos vestiários com Zé Victor na vaga de Felipe. Logo na primeira oportunidade ele se arriscou no ataque e tabelou com Caíque, travado na hora do chute. A movimentação do camisa nove abriu espaço, e ao ganhar dividida com o goleiro, rolou para Ziquinha. A bola subiu no momento da finalização e passou por cima. À base da vontade, o Frizão tentava de todas as formas. Aos 13, Ziquinha aproveitou bobeada do zagueiro, roubou na intermediária, mas não conseguiu concluir o lance. Pouco depois, Sergio Gomes recebeu de Rômulo, fez boa jogada individual e a bola sobrou para Jorge Luiz. O meia tentou o ângulo direito e por muito pouco não acertou.
A individualidade foi novamente a saída aos 21 minutos. Ziquinha ganhou de dois marcadores e rolou para trás. Rômulo apenas ajeitou e Damião bateu por cima da meta. Marcel acertou o alvo em cobrança de falta e Luiz Felipe saltou no ângulo para evitar o gol. A entrada de Léo aumentou a movimentação no meio e jogou o Resende para o campo defensivo. E foi através de um lançamento na direção de Sergio Gomes e uma trapalhada do goleiro Arthur que aconteceu o pênalti. Como já tinha cartão amarelo, acabou expulso e Marcel foi para o gol — Edson Souza havia feito as três substituições possíveis. Léo cobrou a penalidade com categoria (depois de muita demora) e converteu aos 38 minutos. Eficiência suficiente para garantir vantagem na briga por vaga na decisão da Copa Rio.
Jogo foi bastante equilibrado, e decidido apenas no fim do segundo tempo no Eduardo Guinle
Léo aproveita chances e vira peça importante do elenco tricolor
Ainda no início do ano, Léo chegou ao Friburguense com poucas palavras e jeito tímido. No entanto, com a bola nos pés, logo deu o recado e começou a ganhar espaço no elenco de Gerson Andreotti. Meia de origem, passou a treinar como lateral direito entre os profissionais e esperou as primeiras oportunidades. A cada dia mais solto, é um dos destaques do Friburguense na Copa Rio de 2014. O jogador atribui o bom momento à confiança passada pelo treinador.
"O Gerson é um treinador que sempre passa muita confiança. Ele sempre diz que, mesmo que eu não comece jogando, que conta comigo. E eu procuro manter sempre o pensamento positivo para poder ajudar o Friburguense.”
Léo foi o autor do gol que garantiu a vitória do Friburguense por 1x0 sobre o Resende, na primeira partida das semifinais da Copa Rio. Com personalidade, cobrou o pênalti aos 39 minutos e converteu. Ele admite que não é fácil assumir a responsabilidade, e lembra que o Tricolor da Serra ainda tem um jogo difícil na busca por uma vaga na decisão da Copa Rio.
"Com certeza tem que ser frio nesse momento. Mas ainda não acabou. Temos o segundo tempo lá em Resende, e precisamos estar atentos para sairmos com o resultado positivo.”
Léo comemora o gol da vitória: Frizão a um empate da final
Ficha Técnica
Friburguense 1x0 Resende
Copa Rio 2014
Semifinais (jogo de ida)
15/11/2014 - 16h
Estádio Eduardo Guinle, Nova Friburgo - RJ
Renda: R$ 2.715,00
Público: 251 pagantes / 300 presentes
Árbitro: João Batista de Arruda
Assistentes: Silbert Faria Sisquim e Michael Correia
Friburguense: Luiz Felipe; Sérgio Gomes, Cadão, Pierre e Felipe (Zé Victor); Bidu, Damião, Rômulo (Léo) e Jorge Luiz; Ziquinha e Caíque.
Técnico: Gerson Andreotti
Resende: Arthur; Muriel (Kim), Admilton, Lucas e Uallace; Iuri Pimentel, Léo Silva (Capone), Cássio e Marcel; Geovane Maranhão e Willian Vitorino (Felipe Linhares).
Técnico: Edson Souza
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