Friburgo voltou a gerar empregos com carteira assinada em fevereiro

Boa notícia: foi o melhor resultado dos últimos seis anos, segundo o Caged
quarta-feira, 03 de abril de 2019
por Alerrandre Barros (alerrandre@avozdaserra.com.br)
Friburgo voltou a gerar empregos com carteira assinada em fevereiro

Depois de iniciar o ano fechando vagas, Nova Friburgo gerou, em fevereiro, 491 empregos com carteira assinada, segundo o último balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia. O saldo positivo decorre de 1.881 contratações e 1.390 demissões. Foi o melhor resultado para um mês nos últimos seis anos.

De acordo com o balanço mensal, as vagas foram criadas, sobretudo, pelo setor de serviços (+179), seguido pela indústria de transformação (+174), a administração pública (+144) e a construção civil (+12). Já o comércio, porém, continuou demitindo em fevereiro. Foram fechadas 16 vagas, a maior parte temporárias, criadas no fim do ano passado para atender à demanda de vendas de Natal.

A série histórica do Caged mostra que o saldo positivo de empregos gerados em fevereiro é o melhor resultado para um mês desde abril de 2013, quando Nova Friburgo criou 664 postos de trabalho formais. Nenhum mês posterior a esse período havia registrado saldo de contratações superior a 490 vagas, com exceção de fevereiro passado, que gerou 491 contratações com carteira assinada.

A melhora em fevereiro veio depois de um início de ano negativo: menos 60 vagas formais. Apesar disso, em 2018, Nova Friburgo teve a melhor geração de vagas com carteira assinada dos últimos cinco anos. No ano passado, foram criados 17.049 empregos formais e encerrados 16.059, gerando um saldo positivo de 990 novas oportunidades. A última vez que o município apresentou número semelhante foi em 2013, com total de 905 vagas criadas.

Números no estado e no Brasil

No estado do Rio de Janeiro, o número de carteiras assinadas também cresceu em fevereiro: 9.753. Esse resultado decorreu de 104.002 admissões e 94.249 demissões. Foi o setor de serviços que alavancou o desempenho do estado, com 8.263 contratações, seguido da construção civil (+1.837) e indústria (+335). O comércio fluminense cortou 1.209 postos formais de trabalho.

No país, houve a abertura de 173.139 novos postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro. É mais que o dobro do registrado em fevereiro de 2018, quando foram gerados 61.188 postos. Em janeiro, o saldo foi de 34.313 empregos. O estoque de empregos alcançou 38,6 milhões de postos de trabalho formais no país.

Para o secretário de Trabalho do governo federal, Bruno Dalcolmo, os dados de fevereiro mostram uma retomada na geração de postos de trabalho. “O mercado reagirá com a retomada dos investimentos. Isso significa realização de novas licitações, novos investimentos de dentro e de fora do país, o que está calcado em expectativas, e as expectativas em relação ao Brasil estão centradas, neste momento, na Reforma da Previdência”, disse ele.

Na última sexta-feira, 29 de março, contudo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego no país subiu para 12,4%, o que representa 13 milhões de brasileiros desempregados. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, leva em conta dados mais amplos sobre o emprego, enquanto o Caged calcula somente os empregos formais.

 

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