Friburgo perde 500 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015

Fundação Getúlio Vargas estima que empresas devem voltar a contratar a partir deste semestre
sexta-feira, 05 de agosto de 2016
por Karine Knust
Friburgo perde 500 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015

Nos primeiros seis meses de 2016, os desligamentos superaram as admissões com carteira assinada em Nova Friburgo. Foram 493 postos de trabalho a menos no mercado. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que divide o mercado por setores e detalha as áreas que mais abriram e fecharam vagas no período, do Ministério do Trabalho e Emprego. Se comparados aos números registrados em 2015, os dados chamam a atenção, já que, de janeiro a junho do ano passado, a cidade registrou saldo positivo de seis vagas. 

A maioria dos dados negativos deste ano se concentram nos setores de comércio (com menos 236 vagas), administração pública (com menos 165) e a construção civil (com menos 90). Apesar de desfavorável, o número deste ano ainda é melhor do que o registrado nos últimos seis meses do ano passado, quando o município fechou 1.649 postos de trabalho.

Mas quando o assunto é economia, situações como essas podem ir além de meras coincidências.

Isso porque, de acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o mercado de trabalho começa a dar os primeiros sinais de melhora, ou seja, o avanço do desemprego tem perdido força. Na prática, isso significa que as empresas devem voltar a contratar a partir deste segundo semestre ou pelo menos frear as demissões.     

Ainda segundo os dados, em junho, o indicador antecedente de emprego, que mede a onda de contratações para os próximos três meses e a situação dos negócios para os próximos seis meses, apresentou avanços. Comparado a maio, houve crescimento de 3,5%, elevando o indicador a 82,2 pontos, o maior nível desde abril de 2014, quando foi registrado 83 pontos.

“A evolução dos Indicadores de Mercado de Trabalho nos últimos meses vem sinalizando que as empresas estão calibrando o ritmo de ajuste de seus efetivos de mão de obra”, observou Itaiguara Bezerra, economista da FGV. “Começam a mostrar uma atenuação do ritmo de queda do emprego”, afirmou ele ao Portal Brasil.

 

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