Aline Ventura (foto) é mãe de duas meninas ainda pequenas e mora no distrito de Conselheiro Paulino. Por um ano ficou desempregada e não parou de procurar uma oportunidade de trabalho. No ano passado a chance, enfim, surgiu, mas não foi nada fácil. Em 2018, após o processo seletivo exaustivo de um supermercado perto do condomínio Terra Nova, em Conselheiro Paulino, Aline conseguiu a tão sonhada recolocação profissional.
“No tempo em que fiquei sem emprego, procurei a todo custo, mas não conseguia nada. Foi aí que surgiu a oportunidade de trabalhar como operadora de caixa no supermercado. Foram cinco horas debaixo de sol, na fila, para fazer uma entrevista. Depois de um tempo, no ano passado eu fui chamada e fiquei lá por seis meses. Quando saí consegui mais dois empregos, os quais estou atualmente: sou auxiliar de turma em um colégio e secretária em uma vidraçaria”, contou aliviada.
Aline foi uma das muitas mulheres e homens que entraram em 2020 com a carteira assinada. Na contramão da crise que assola inúmeros municípios e estados do país, Nova Friburgo se destacou em geração de emprego e fechou 2019 em 1º lugar no total de admissões no Estado do Rio de Janeiro. De acordo com a prefeitura, o resultado demonstrou o crescimento do mercado local através do empenho do município em fomentar o mercado de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
Um cenário animador diante das perspectivas preocupantes que se ensaiavam até agosto do ano passado. Isso porque, durante quatro meses consecutivos, o município fechou com saldo negativo de empregos com carteira assinada, também segundo o balanço do Caged. Em agosto de 2019, o saldo negativo de 59 vagas foi resultado de 1.451 contratações contra 1.510 demissões.
As oportunidades foram fechadas, sobretudo, pela indústria (- 59 vagas), seguido pelo setor de serviços (- 20), administração pública (- 19) e construção civil (- 2). O comércio, por outro lado, abriu 36 vagas formais. O setor agropecuário criou somente dois postos de trabalho em julho do ano passado.
Ainda de acordo com dados do Caged, agosto foi o quarto mês seguido com saldo negativo de vagas com carteira assinada na cidade: maio (- 36), junho (-50), julho (- 27) e agosto (- 59). No acumulado do ano até o oitavo mês, contudo, o saldo era positivo. De janeiro a agosto de 2019, cerca de 500 empregos formais foram gerados no município. Esse número é melhor do que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando foram geradas 420 vagas.
Nos meses seguintes a situação melhorou, o que colocou a cidade na liderança do ranking fluminense. No município de Nova Friburgo, por exemplo, em setembro o saldo foi de 248 vagas e outubro, 64.
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