Nova Friburgo fechou empregos com carteira assinada em maio, segundo o último balanço mensal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo negativo de 36 vagas foi resultado de 1.545 contratações contra 1.581 demissões ocorridos no período.
As vagas foram fechadas, sobretudo, pela indústria (-54 oportunidades), seguida da construção civil (-26), administração pública (-15) e comércio (-10). O setor de serviços foi o único que abriu vagas formais em maio: 73 no total. Aliás, o mercado de serviços é disparado o maior gerador de empregos com carteira assinada no município este ano. Das 626 vagas abertas até maio, 483 foram no setor de serviços.
O saldo negativo de empregos formais em maio veio depois de um mês com mais contratações do que contratações. Em abril, Nova Friburgo criou 331 empregos formais. Conforme A VOZ DA SERRA mostrou no mês passado, a balança das vagas com carteira assinada segue oscilando nos cinco primeiros meses do ano: em janeiro (-61 vagas), fevereiro (+491), março (-100), abril (+331) e maio (-36).
No acumulado do ano, até maio, o Caged registrou saldo positivo de 625 empregos criado em Friburgo. Esse número, porém, é pior do que o registrado no mesmo período do ano anterior. Em 2018, de janeiro a maio, o município gerou 810 oportunidades com carteira assinada, 22,8% a mais do que este ano.
O estado do Rio de Janeiro também teve saldo negativo na geração de empregos em maio. Foram fechados 4.289 novos postos de trabalho, decorrentes de 95.929 admissões contra 100.218 demissões. Na economia fluminense, o comércio fechou, sozinho, 3.045 vagas. Em seguida, o setor de serviços (-1.415), a indústria (-736) e a construção civil (-246). O único setor que contratou mais do que demitiu no estado em maio foi a administração pública, com a criação de 37 vagas.
Já o país registrou 32.140 novos postos formais de trabalho. O saldo positivo foi resultado de 1.347.304 admissões contra 1.315.164 desligamentos ocorridos no período. É o terceiro ano seguido em que o mês de maio apresenta saldo positivo, apesar de uma ligeira queda no volume total de novas vagas na comparação com o mesmo mês nos anos de 2017 (34,2 mil) e 2018 (33,6 mil).
Para o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, o resultado do mês está em sintonia com o desempenho da economia, mas ainda abaixo do desejado. "A geração de emprego está em linha com o que a economia vem demonstrando, da mesma forma que, nos últimos anos, o crescimento não foi tão grande quanto se gostaria", afirmou Dalcolmo à Agência Brasil.
Apesar de a criação de empregos ter diminuído no mês passado, na comparação com anos anteriores, Dalcolmo não vê tendência de queda. "Não há tendência nem de subida, nem de descida [na geração de empregos]. Significa uma economia que está um pouco em compasso de espera, a ser definido por outros pontos importantes como a reforma da Previdência."
No acumulado do ano, foram criados mais 351.063 postos de trabalho, o que elevou para 38,761 milhões o estoque de empregos formais no país. É o maior estoque desde 2016, quando o Caged registrou 38,783 milhões de empregados com carteira assinada.
O crescimento do número de vagas em maio foi impulsionado pela agropecuária, setor que registrou, sozinho, a abertura de 37.373 empregos. O cultivo do café e da laranja responde pela maior parte das contratações, cerca de 33 mil. Também aparecem com destaque atividades de apoio à agricultura e a criação de bonivos.
"Esse resultado se explica também, como nos outros anos, pelo bom desempenho de café e laranja. São empregos que têm importância sazonal nesse mês, especialmente em Minas Gerais e em São Paulo", explica o subsecretário de Políticas Públicas e Relações de Trabalho do Ministério da Economia, Matheus Stivali.
Na construção civil, foram abertos 8.459 empregos, principalmente em obras de construção de rodovias e ferrovias, projetos para geração e distribuição de energia elétrica e instalações elétricas. Em seguida, aparece o setor de serviços, com saldo positivo de 2.533 novas vagas, destaque para serviços médicos e odontológicos, ensino, comercialização e administração de imóveis e instituições de crédito e seguros. Administração pública (1.004) e extração mineral (627) também registraram resultado positivo.
No comércio, tanto varejista quanto atacadista, porém, houve mais demissões do que contratações, com o fechamento de 11.305 postos de trabalho. Em seguida, aparece a indústria de transformação, que fechou 6.136 empregos. Segundo Stivali, o resultado no comércio explica -se pelo fechamento de duas grandes empresas de terceirização em São Paulo, que demitiram um grande número de empregados.
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