O governador Luiz Fernando Pezão apelou recentemente ao governo federal a liberação de verbas com o objetivo de realizar obras estruturais em Nova Friburgo. São quase R$ 30 milhões que deverão ser subsidiados pelo Ministério das Cidades. De acordo com o governo federal, o pedido de repasse feito pelo governo do Rio foi recebido pelo ministério, mas ainda está em fase de análise no setor jurídico, sem previsão de liberação.
As obras previstas serão realizadas em dois locais: no bairro Vilage e na extensão do Rio Bengalas, no distrito de Conselheiro Paulino. A Prefeitura de Nova Friburgo informou que está acompanhando os trâmites para liberação dos recursos junto ao Ministério das Cidades. No mês passado, o governador Pezão anunciou que iria buscar recursos junto ao governo federal para realizar obras em municípios da Região Serrana, a fim de diminuir o impacto das chuvas de fim de ano, que costumam ter efeito devastador.
Rio Bengalas
O Ministério das Cidades autorizou a drenagem urbana, canalização e dragagem na Bacia do Rio Bengalas. O investimento é de R$ 21,98 milhões. Os recursos serão utilizados na construção de sete travessias, sendo três delas viárias e quatro passarelas sobre o Rio Bengalas. Mesmo sem data definida para início, o Ministério das Cidades afirmou que a conclusão das obras está prevista, inicialmente, para dezembro de 2019.
Contenção de encostas
O Ministério das Cidades entrará com a complementação de investimentos iniciado pelo governo do Estado do Rio. As obras das encostas que desmoronaram na tragédia de 2011 no bairro Vilage, um dos mais afetados pela catástrofe climática, são orçadas em mais de R$ 17 milhões, sendo R$ 7,16 milhões de complementação do Ministério das Cidades.
Outras obras de contenção de encostas foram realizadas em Nova Friburgo nos últimos anos, mas os serviços foram interrompidos em novembro de 2016 por causa da crise. Muitas casas interditadas pela Defesa Civil ainda não foram demolidas. De acordo com os moradores, as obras, de responsabilidade do governo estadual, tiveram início em abril de 2016.
Locais mais atingidos
Dezenas de moradores convivem com o medo de um novo deslizamento no bairro Vilage. Na Rua Lázaro Mateus Garcia, por exemplo, muitas casas que foram atingidas e interditadas ainda não foram demolidas demolição. Os telhados desses imóveis costumam acumular águas de chuvas, o que aumenta o risco da proliferação do mosquito da dengue. Outra encosta no bairro, na Rua General Andrade Neves, também preocupa. O morro apresenta rachaduras e sempre que chove corre muita água e a lama pelas fendas. Segundo moradores, o trabalho feito pelos funcionários da Secretaria estadual de Obras - e interrompido em 2016, “pode ser desfeito a qualquer momento e uma pedra pode se soltar causando uma avalanche”.
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