Nova Friburgo registrou 112 novos postos de trabalho formais em outubro, como mostram os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados no início da semana. A variação positiva é de 60% em relação a setembro, quando foram criadas 70 vagas.
O aumento do número foi puxado pela indústria e o comércio do município. A indústria foi o setor que mais se expandiu no último mês com 106 empregos formais, devido ao aumento no volume de produção no setor. Já o comércio teve o segundo melhor desempenho, com 56 novos postos de trabalho abertos, sobretudo, pelas vagas temporárias de fim de ano.
No acumulado deste ano até outubro, o saldo do município é positivo: foram criados, no total, 656 empregos formais. No mesmo período de 2016 foram fechados 642 postos de trabalho. Em 2015 foi ainda pior, menos 889 oportunidades no mercado formal de janeiro a outubro daquele ano.
O bom resultado em outubro deste ano pode ser explicado pelo crescimento na atividade industrial em Friburgo. Mas segundo a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), apesar da melhora, a capacidade de produção continua a operar abaixo da média histórica nos 12 municípios da região Centro-Norte.
Com a recuperação na atividade econômica nos últimos meses, após intenso período de crise, no ano passado, que impactou as finanças das empresas, a Sondagem Industrial da Firjan mostra também que os empresários da região estão otimistas. Para este final de 2017 e o início de 2018, esperam aumento das vendas, tanto para o mercado interno como externo. “Nós investimos em educação, inovação e na qualidade dos produtos. É o que nos mantém mais estáveis em tempos difíceis”, disse o empresário Carlos Eduardo de Lima, presidente da Firjan regional.
O comércio também vem dando sinais de recuperação. Como A VOZ DA SERRA mostrou no início deste mês, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista de Nova Friburgo (Sincomércio) estimam que as vagas extras devem aumentar 207% e somar, no mínimo, 200 oportunidades temporárias no comércio para o período de Natal e Ano Novo. No ano passado, foram apenas 65 vagas.
“Percebemos uma melhora no ambiente de negócios com a melhora nos indicadores econômicos. Os empresários estão mais otimistas. A expectativa de vendas para o Natal deste ano é boa”, disse o presidente da CDL e o do Sincomércio, Braulio Rezende na ocasião.
No país, a geração de empregos formais também aumentou em outubro: na variação das 1.187.809 admissões contra 1.111.220 desligamentos houve 76.599 vagas criadas. O resultado é o melhor do ano até agora, segundo o Caged, e foi puxado pelos pelos setores de comércio, indústria de transformação e serviços.
Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, os resultados de outubro indicam consolidação da recuperação econômica. Ele também acredita que a Reforma Trabalhista, que passou a vigorar no último dia 11, vai influir positivamente no mercado de trabalho formal do país.
“Com relação aos 45 milhões de trabalhadores na informalidade atualmente, nós temos a convicção de que só os contratos nas novas modalidades, como a jornada parcial, jornada de trabalho intermitente e o teletrabalho, teremos mais dois milhões de empregos novos”, acredita o ministro. Há, porém, quem diga que a reforma pode precarizar o trabalho.
Apesar de a nova legislação trabalhista ter entrado em vigor, a medida provisória do presidente Michel Temer, proposta para alterar alguns pontos polêmicos da reforma, já recebeu até a última quarta-feira, 22, mais de 800 emendas, que podem praticamente alterar toda a legislação. A MP precisa passar pelo aval do Congresso.
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