De uns anos para cá, temos visto um grande movimento de pessoas que buscam otimizar seu tempo realizando várias atividades num único local. Por este motivo, têm surgido cada vez mais condomínios que reúnem num mesmo espaço, apartamentos residenciais, salas comerciais e centros comerciais, onde é possível encontrar desde academias, supermercados, cinemas, a escolas de idiomas. Esses chamados “condomínios-bairros” têm a proposta de oferecer aos seus moradores a comodidade de encontrar tudo o que precisam num mesmo local, dispensando a necessidade de grandes locomoções e, consequentemente, dos típicos congestionamentos das grandes cidades.
Essa tendência de reunir produtos e serviços integrados num mesmo local também é acompanhada há muito tempo pelo setor de franquias. O formato, batizado de store in store, ou seja, loja dentro de loja, já existe há pelo menos 15 anos nos Estados Unidos e Europa. Geralmente, são caracterizados por grandes marcas que de certa forma “combinam” com outras. É o caso de, por exemplo, uma rede de culinária saudável, que passa a oferecer no mesmo espaço, uma sobremesa light de outra rede. É possível saborear as duas delícias, sem precisar se locomover.
Se para os clientes as vantagens são nítidas, para os franqueados elas não são menos relevantes. Uma das maiores dificuldades das redes hoje em dia tem sido a conquista de bons imóveis comerciais. Os shoppings costumam ter grandes filas de espera por um espaço. Nas ruas, os endereços mais nobres também são disputadíssimos. Com o formato store in store, duas marcas “complementares” compartilham a mesma loja, ficando ambos em maior evidência. Consequentemente, o tráfego de consumidores é maior, já que às vezes, a comodidade acaba impulsionando um as vendas do outro.
A redução de custos é muito significativa. Além de dividir o aluguel, as redes também racham contas de energia elétrica, água, limpeza e tantas outras. Em tempos de corte de despesas como o que estamos vivendo, a opção de compartilhar investimentos e atrair novos consumidores parece a saída mais inteligente para se manter longe de qualquer crise.
Agora, não podemos achar que o modelo store in store só traz benefícios. Um dos maiores riscos de fracassar a operação é se uma marca tiver um produto ou atendimento ruim e acabar comprometendo a operação da outra. Nesse caso, as duas saem perdendo. Por isso, é preciso ter muita atenção e buscar a marca certa para desenvolver a parceria. Além de ser complementares, as redes precisam ter uma sinergia entre si, difundindo valores e padrões de qualidade semelhantes. É por este motivo que essa não costuma ser uma opção do franqueado e sim do franqueador, que é o dono da marca e quem tem mais conhecimento sobre os interesses e convergências entre as redes. Quando o modelo é bem desenvolvido, as chances de sucesso são enormes.
Beleza nunca sai de moda
Um dos melhores exemplos de franquia store in store são os das redes de beleza. Em geral, os salões costumam reunir várias especialidades num único espaço. Praticamente todos oferecem serviços de corte de cabelo, maquiagem, unhas, depilação, design de sobrancelhas. Essa grande variedade de profissionais, normalmente faz com que esses espaços se destaquem mais em uma área do que em outras. Nesse caso, as clientes têm duas opções: migram de salão em salão — fazendo cabelo em um, unhas em outro, depilação em outro — ou simplesmente contentam-se com serviços medianos em algumas áreas, apenas pela comodidade de fazer todos os serviços num único local.
Em casos como esse, a franquia store in store pode ser a melhor opção. Num único espaço, a cliente encontrará três empresas especializadas e dessa forma pode obter o melhor serviço de depilação, o melhor de design de sobrancelhas e o melhor de unhas, por exemplo. Ser atendida por especialistas reconhecidos em cada área, e o melhor, no mesmo lugar, é uma comodidade indescritível para quem usufrui dos serviços e uma economia significativa para o franqueado. Não é à toa que o formato já é um sucesso nos Estados Unidos e Europa e deve se intensificar por aqui, tornando-se uma tendência também no Brasil.
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