Na tarde da última terça-feira, 14, um incêndio devastou uma extensa área verde de uma encosta situada ao fundo da Avenida Galdino do Valle Filho. As chamas e os estalos da madeira queimando atraíram a atenção de motoristas e pedestres que passavam pelo trecho. Moradores de diversos prédios e pais de alunos de colégios da área ficaram assustados.
O combate ao fogo deu trabalho às equipes do 6º Grupamento de Bombeiro Militar (6º GBM), que estiveram no local por volta das 16h e retornaram novamente às 18h. Às 21h10 e à meia-noite os bombeiros foram acionados novamente para apagar alguns focos do incêndio, o maior até o momento desta temporada de estiagem. O trabalho teve continuidade na manhã de ontem, 15, quando outra equipe retornou para monitorar a área e controlar algum possível foco do incêndio — que destruiu cerca de 1 hectare de área verde e trouxe muita fuligem ao centro da cidade. À tarde, o fogo voltou a castigar a encosta e uma nuvem de fumaça podia ser vista nas imediações do antigo Clube dos 50.
No início da noite de quinta-feira, 15, um incêndio teve início na mata situada acima do Lar Abrigo Amor a Jesus (Laje), no bairro Lagoinha, mas foi logo controlado por operários que trabalhavam numa obra no local.
A antiga prática de fazer queimada foi a provável causa do incêndio, segundo informações do 6º GBM. Dados da corporação comprovam que a maioria dos casos de fogo em vegetação é provocada pela ação humana, o que demonstra a necessidade de uma mudança de hábitos por parte da população. A ideia de que a queimada é boa para o solo é um mito, além de causar uma série de prejuízos ambientais, financeiros e ao bem-estar da comunidade. Isso porque traz impactos no clima e compromete a qualidade de vida dos cidadãos, ocasionando problemas de saúde como bronquite, dores de cabeça, náuseas e alergias, entre outros. Sem contar que áreas destruídas por fogo podem levar mais de meio século para serem recompostas naturalmente.
Vale destacar que só é permitido fazer queimada com autorização e, segundo a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9605, de 12 de fevereiro de 1998), quem provoca incêndio em matas ou florestas corre o risco de sofrer pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa. Caso o crime seja culposo (cometido sem intenção), o tempo de detenção poderá ser de seis meses a um ano, além de multa.
Ajude a prevenir o fogo em vegetação
– Não faça queimadas sem autorização
– Não jogue lixo nas matas
– Se você reside próximo às matas, mantenha um aceiro em volta de sua residência
– Não solte balões. Além de causar queimadas, é crime
– Qualquer indício de incêndio deve ser comunicado imediatamente ao 6º GBM, através do número 193
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