Flores, velas, orações e emoção foram a tônica do Dia de Finados

segunda-feira, 05 de novembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Flores, velas, orações e emoção foram a tônica do Dia de Finados
Flores, velas, orações e emoção foram a tônica do Dia de Finados

Eloir Perdigão
O dia nublado e o fim de semana prolongado (muita gente preferiu antecipar a visita para a véspera) parecem ter contribuído para o movimento apenas regular no Cemitério São João Batista, no Centro. O mesmo foi registrado nos demais cemitérios da cidade, com a normalidade prevalecendo durante todo o dia, como atestado pelo gerente do setor de cemitérios da Secretaria de Serviços Públicos, Gerson Geraldes, que junto com o secretário Alexandre Cruz percorreu os cinco cemitérios municipais—Trilha do Céu, São Pedro da Serra, Riograndina e Campo do Coelho, além do São João Batista.
A venda de flores, como em anos anteriores, foi feita na pista interna da antiga Rodoviária Leopoldina. As rosas eram as mais vendidas (R$ 6 a dúzia), embora a variedade fosse grande, como palma (também a R$ 6 a dúzia), monsenhor (R$ 3 o maço) e jipe (R$ 2 o molho), entre outras. A venda estava apenas razoável pela manhã, atestou o vendedor Roberto Carlos Antunes, de Riograndina, com esperança de melhoria à tarde. Opinião compartilhada por Sebastião de Abreu. Ele ainda citou que a oferta de flores este ano foi grande, o que fez o preço cair. A preocupação com a dengue também contribui para a redução na venda de flores. A solução, para muitos, eram as cestinhas de flores, que tinham boa saída.
Outra opção eram as flores artificiais, num belo trabalho de artesanato, como samambaia, girassol e folhagens, além de arranjos pequenos, médios e grandes, com cores e preços variados. Há seis anos esse trabalho é oferecido por Rosana Dutra, seu irmão Ronaldo e o amigo José Carlos, todos do Prado. Segundo Rosana, a preocupação com a dengue favorecia a venda das flores artificiais.
A capela, reinaugurada na véspera, após reforma, foi pequena para a missa das 10h presidida pelo bispo diocesano D. Edney Gouvêa Matoso, concelebrada pelo padre Marcus Vinícius Britto de Macedo, pároco da Catedral São João Batista. Na homilia, D. Edney frisou que “a ressurreição de Jesus Cristo é a base, o pilar mais importante da nossa fé”. E acrescentou que, como disse São Paulo, “se Jesus Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé”, sem o que não haveria motivo para a presença de todos naquele ato. “Nossa presença aqui é a manifestação da nossa fé”, salientou o bispo.
Um grupo de fiéis da Associação Católica da Juventude Friburguense, como em todos os anos, fez orações pelos associados, familiares, parentes e amigos falecidos na sepultura do último associado falecido, José Luiz da Silva, num momento de muita emoção.
As ruas próximas ao Cemitério São João Batista foram interditadas ao trânsito. Equipes da Ronda Tática Motorizada (Rotam), da Secretaria municipal de Ordem Urbana e Guarda Municipal, e da Polícia Militar, acompanhavam o movimento. Segundo Gerson Geraldes, tudo transcorria dentro da normalidade nos cemitérios da cidade.

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