Flores na janela, no jardim, na mesa, no prato e... no paladar!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013
por Jornal A Voz da Serra

"É primavera/ 

É a rosa em botão/ Ai! quem me dera!/ Uma rosa no coração” 

(Vinicius de Moraes)


Estamos em plena primavera, com a cidade mais colorida e luminosa. Flores no jardim, nos vasos, e ainda mais se tratando de nossa cidade — considerada como sendo das flores! São flores nos arranjos de mesa, pétalas na toalha, flores boiando em tigelinhas e, por que não, também nos pratos? Esta cena, em particular, ainda não é muito comum. Elas são baratas, saborosas, nutritivas e dão um colorido especial às iguarias. Existem muitas fazendas produzindo diversos tipos e qualidades de flores comestíveis e algumas pessoas já produzem também aqui em Nova Friburgo. São nastúrcios, amores-perfeitos, calêndulas, rosas, minirrosas, camomilas, enfim, muitas flores para botar beleza e sabor em seus pratos! 


AS FLORES SÃO USADAS NA CULINÁRIA DESDE ANTES DA ERA CRISTÃ

Mesmo que no Brasil não tenhamos o hábito de ingerir flores, ele é comum há milhares de anos, com pétalas enfeitando e emprestando suavidade a vários pratos. Os romanos usavam rosas para perfumar alimentos e o vinho e a calêndula para colorir caldos e queijos. Aliás, na Europa esse costume nunca foi abandonado. 


ESPÉCIES COMESTÍVEIS PRODUZIDAS NO BRASIL

AMOR-PERFEITO – Tem cerca de 4cm de diâmetro e é natural da Eurásia, região entre a Europa e a Ásia. Com aroma leve, é usado em saladas, geleias e na decoração de bolos e doces. É conhecido também como a flor da "divina trindade” por apresentar três cores. Além de belo, acredita-se que tenha propriedades diuréticas.

BORAGO – Pequenino, com apenas 1,5cm de diâmetro, é originário do Mediterrâneo e conhecido no Brasil como borragem. Decora pratos e saladas e também é usado para aromatizar vinhos brancos. Os árabes reconheceram suas propriedades na cozinha. Depois, os espanhóis continuaram o cultivo e introduziram a planta no resto da Europa. O borago deve ser sempre utilizado fresco.

CALÊNDULA – Acredita-se que tenha surgido na Eurásia. Tem 5cm e é ótima em sopas, peixes, queijos e até omeletes, mas seu uso mais comum é no arroz – dando coloração semelhante à proporcionada pelo açafrão. O talo não é utilizado por ser muito duro. As pétalas também podem ser misturadas à água quente para fazer chá. Nas cores amarela ou laranja, tem o talo até de 80cm de altura. Na Europa, durante a Idade Média, era considerada um símbolo da vida. Já naquela época era cultivada nas hortas, desidratada e utilizada como corante em caldos, queijos amarelos, manteiga e bolos.

CAMOMILA – Nativa da Europa, é muito conhecida na forma de chá e infusão. Recentemente passou a aparecer em saladas e bolos. Tem 1cm e também aromatizam licores.

FLOR DE ABOBRINHA – Originária da América tropical, é popular no sul da Europa. Geralmente é recheada com carnes, peixes e queijos fortes e depois frita. Apesar do tamanho, 7cm, é delicada.

MINIRROSA – Conhecida desde as civilizações antigas, é natural do Hemisfério Norte e serve de base para geleia e caldas. Belos, os botões têm 1,5cm e aparecem na decoração de bolos. Tem várias cores, como amarelo, rosa-claro, vermelho e branco. Suas pétalas também aparecem em saladas, sorvetes e pudins.

NASTÚRCIO – Também chamado de capuchinha, é a flor mais comum nos restaurantes. Nativo do Peru, ele tem sabor picante e vai bem em saladas. Com 3 cm, as flores variam entre o amarelo, o laranja e o vermelho. Levado para a Europa pelos holandeses em 1684, conta-se que era cultivado em mosteiros para complementar a alimentação de vitamina C. Seu fruto assemelha-se à alcaparra.

 

Receitas


SALADA FESTIVA

Ingredientes: 

1 maço pequeno de alface,

1 maço pequeno de rúcula, 1 maçã, 2 colheres de sopa de suco de limão, 1 manga, 3 figos, flores capuchinha (foto), vinagre de maça, azeite e sal e pimenta-do-reino a gosto.


Modo de preparo:

1. Lave bem as folhas de alface e rúcula.

2. Lave a maçã, corte-a em fatias finas e coloque-as no suco de limão.

3. Descasque a manga e corte em cubos pequenos.

4. Lave bem os figos e corte em quatro pedaços no formato de meia-lua.

5. Lave as flores de capuchinha e seque-as.

6. Em uma assadeira, distribua as folhas, as fatias de maçã, os cubos de manga, o figo e as flores de capuchinha.

7. Tempere na hora de servir com sal, o vinagre e o azeite.


Rendimento: 6 porções.


Notas: A capuchinha é uma flor comestível, em tons de amarelo, laranja e vermelho. Rica em vitamina C, tem sabor ardido parecido com o da rúcula e é encontrada em diversos lugares.


BOM APETITE!



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