O fisioterapeuta Carlos Melo foi convidado pelo governo de Angola para dar suporte aos atletas e à comissão olímpica, nas olimpíadas de 2016. Carlos, que é professor da Estácio há 19 anos, dos quais dezesseis no campus Nova Friburgo, onde é coordenador de estágio, pretende desenvolver este projeto olímpico junto à Estácio, integrando os alunos de fisioterapia da instituição. Carioca de nascimento, Carlos recebeu o título de cidadão friburguense no dia 16 de maio deste ano.
Desde 2009, o profissional realiza trabalhos junto ao governo de Angola, que incluem a construção de uma clínica de reabilitação no clube Pétros (projeto ainda em andamento), palestras, cursos e participações em congressos, convidado pelas Sociedades de Ortopedia e Traumatologia e Medicina Esportiva do país africano.
O convite para dar curso de formação aos fisioterapeutas e médicos do Comitê Olímpico de Angola aconteceu em fevereiro deste ano, quando Carlos Melo esteve no país, pela terceira vez, para ministrar um curso de formação para os médicos e fisioterapeutas do comitê olímpico local. A ação foi em caráter oficial, com custeio do Comitê Olímpico de Angola. Neste encontro, que durou sete dias, além do presidente e vice-presidente do comitê olímpico, Mário Rosa Rodrigues de Almeida, esteviveram presentes também Domingos Torres Júnior, diretor nacional do Ministério da Educação, e com o médico oficial do comitê olímpico e da seleção nacional de futebol, Pedro Miguel, as relações se estreitaram e culminaram com o convite para participar da equipe, durante as olimpíadas de 2016. Devido ao seu envolvimento acadêmico, Carlos encaminhou uma proposta à Universidade Estácio de Sá para apoiar o projeto engajando os professores e alunos de fisioterapia do campus Nova Friburgo.
Melo lembra que o país, que passou por 40 anos de guerra civil, enfrenta muitas dificuldades e por isso o projeto que apresentou às autoridades do clube Pétros, em sua primeira viagem a Angola, em 2009, ainda não saiu do papel. A ideia era montar uma clínica de reabilitação, de última geração, no clube angolano que atendesse não apenas aos seus atletas, mas também a toda população e outros clubes africanos. Segundo o fisioterapeuta, “lá não há mão de obra qualificada e tudo vem de fora. No entanto, agora as coisas estão melhorando e Angola é o país que mais cresce no continente africano”.
Em função deste crescimento, Melo continuou viajando para lá e, em 2014, foi convidado pelas sociedades de ortopedia e traumatologia e medicina esportiva, onde ministrou palestra sobre “Lesão do ligamento cruzado anterior e o papel da fisioterapia na recuperação dessa patologia”. Além disso, deu um curso de “Formação em bandagem funcional” para fisioterapeutas de clubes e clínicas de Angola e palestrou num congresso de ortopedia.
Enquanto espera uma possível adesão da Universidade Estácio de Sá para seu projeto junto ao comitê olímpico de Angola, Carlos se prepara para o trabalho que desenvolverá como fisioterapeuta dos atletas angolanos em 2016, no Rio de Janeiro.
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