Aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no último dia 18, o reajuste nas contas de luz da concessionária Energisa preocupa os empresários do município e região. Em vigor desde o último sábado, 22, o aumento foi de 9,21% para os consumidores de baixa tensão (residências) e de 9,48% para os de alta tensão (indústrias).
De acordo com a Aneel, os aumentos se deram por conta dos impactos dos componentes financeiros e custos de aquisição do insumo, uma vez que a concessionária adquire energia da Usina de Itaipu e a transação é feita em dólar.
“Nos últimos anos, o aumento acumulado das tarifas da energia elétrica para as empresas da região tem sido muito superior a dos demais municípios do estado. Isso traz um grande problema de competitividade, especialmente quando somamos a isso outras desvantagens que o interior já possui”, analisa o empresário Cláudio Tângari, vice-presidente da representação regional da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) no Centro-Norte do estado e conselheiro da instituição.
Carlos Eduardo de Lima, presidente da Firjan Centro-Norte, corrobora e alerta que o interior está atravessando um processo crítico de desindustrialização, com muitas empresas tradicionais fechando suas portas. “Temos a energia mais cara do estado do Rio. Isso afeta diretamente a geração de emprego e a instalação de novas indústrias. O interior sempre sai em desvantagem, pois temos ainda outros custos, como fretes e pedágios, por exemplo. As empresas estão cada vez mais desestimuladas a se manterem aqui”, destaca.
A Firjan vem atuando para atenuar esse cenário. Recentemente, o Conselho Empresarial de Energia Elétrica da instituição convidou o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, para falar sobre as medidas que estão sendo tomadas para reduzir as tarifas. Pepitone reforçou que o órgão está trabalhando para aliviar as contas em 2019 e 2020.
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