A Firjan lamenta que a Alerj tenha ignorado todas as negociações e a grave crise econômica que o Estado do Rio de Janeiro ainda vive e tenha aprovado reajuste de 5% para o piso salarial. O índice é quase o triplo do aprovado para o salário mínimo nacional, que foi de 1,8%.
O Rio de Janeiro perdeu meio milhão de vagas de emprego nos últimos três anos, 92.192 só em 2017. O Rio é o estado em pior situação econômica do país, sem paralelo com nenhum outro. No entanto, é o local que dará o reajuste mais alto. O piso do Rio ficará 25,1% maior que o salário mínimo nacional. Nem quando o estado estava em crescimento econômico a diferença foi tão grande. São Paulo, que perdeu 6.651 vagas de emprego ano passado, terá seu piso regional reajustado em 2,99%.
Durante todo o ano, a Firjan mostrou de forma incansável os índices e projeções sobre a economia no estado e no país no Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Geração de Renda do Estado do Rio de Janeiro (Ceterj). Todos os alertas foram desprezados.
O aumento do piso salarial fluminense está totalmente descolado da realidade do estado, que enfrenta uma aguda crise, que não terá fim em 2018. A decisão dos deputados abate, definitivamente, qualquer possibilidade de o Rio ensaiar uma retomada este ano. Em ano de eleição, os parlamentares fecharam os olhos para todas as negociações, dados e alertas, e votaram os 5% para conquistar o aplauso rápido dos eleitores. É este público que pagará as consequências futuras desta decisão equivocada.
Haverá um efeito cascata que vai elevar preços de produtos e serviços e pode levar à extinção de mais 25 mil vagas de trabalho. A decisão de ontem custará caro a toda a sociedade.
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