Firjan apresenta propostas ao ministro da Ciência e Tecnologia

terça-feira, 20 de março de 2012
por Jornal A Voz da Serra

Ensino público para a matemática foi um dos temas em destaque tratado em almoço com 150 empresários nesta sexta-feira

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, esteve nesta sexta-feira, 16, com o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, e outros empresários fluminenses, entre eles o presidente do Conselho de Tecnologia da Federação, Fernando Sandroni, que apresentou as propostas e reivindicações da indústria para a pasta do ministério.

“Precisamos competir com os grandes países que investiram há muitos anos na formação humana e tecnológica, sem ter essa base. Então, estamos aqui incentivando a presidenta para pensar um pouco nos cortes, para não ser automático, como quase sempre nas questões estruturantes do país. Ciência e Tecnologia são fundamentais. Se não criamos essa base, teremos uma nação frágil para o futuro”, ressaltou o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.

Entre os temas em destaque tratados no evento estava o ensino público para a matemática. Sobre essa questão, o Sistema Firjan propõe a ampliação do esforço de qualificação do ensino em matemática; a continuidade das olimpíadas de matemática para incentivar o ingresso de jovens talentos nas áreas científicas e tecnológicas; e a inclusão social por meio do conhecimento da matemática, das ciências e da tecnologia.

“Estamos investindo muito na questão da formação mais técnica dos nossos alunos, da nossa rede Sesi/Senai, principalmente na matemática”, disse o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio. Ele enfatizou a importância de se democratizar, de uma forma mais atrativa, o ensino para os jovens do Brasil, dando exemplo a partir do Rio de Janeiro.

Para o ministro Marco Antonio Raupp, foi uma surpresa ver o ensino da matemática tratado em uma reunião de empresários. “É muito bom ver esse assunto como elemento fundamental de capacitação para que o brasileiro seja um bom operário, um bom engenheiro, um bom cidadão”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia. “Estamos encampando as reivindicações dos industriais para o desenvolvimento do Brasil”, finalizou o ministro.

 

Veja as propostas do Sistema Firjan para o ministério:

1. POLÍTICA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA & INOVAÇÃO

- Formular e acompanhar Programas Estruturantes com aferição periódica de resultados (ref: Plano Brasil Maior);

- Aprofundar e dar continuidade aos programas brasileiros referentes aos complexos industriais da Saúde e da Defesa (Lei 12.349/2010), privilegiando as compras por parte de órgãos públicos dos seus produtos—conforme proposta nos Cadernos de Tecnologia 3 do Sistema Firjan (2005);

- Realizar estudo, em parceria com a indústria, sobre o uso do poder de compra em novos setores estratégicos;

- Aumentar o volume de investimentos em tecnologia e pesquisa aplicada, tanto em institutos de tecnologia públicos como privados, pois estes alavancam os investimentos das empresas e estimulam processos de “catching up” em relação aos países mais adiantados.

2. INOVAÇÃO—ARCABOUÇO LEGAL

- Código Nacional de CT&I (PL 2.177/ 2011):

§  Art. 10: inserir possibilidade de exploração da tecnologia resultante do projeto executado em parceria, com exclusividade pelo parceiro privado;

§  Art. 31: Alterar de forma a permitir isenção da incidência de tributos em bolsa paga por instituição privada;

§  Art. 79: ampliar o número de representantes do setor empresarial no Conselho Diretor do FNDCT para 9 (hoje composto por 3 representantes), alterando o inciso X do art. 2º da Lei 11.540/2007;

§  Inserir capítulo que trate da regulação das instituições privadas sem fins lucrativos.

- Lei do Bem:

§  Aprimorar o instrumento de forma a ampliar a base industrial que pode ser beneficiada pela Lei do Bem, estendendo benefício às empresas enquadradas no regime de lucro presumido, permitindo que os recursos não se limitem apenas a apoiar itens de custeio, mas também sua extensão aos ativos fixos, como planta-piloto, etc.

3. PRÉ-SAL

- Garantir que parte expressiva dos recursos provenientes dos royalties do pré-sal seja destinada a apoiar o aumento da competitividade produtiva do país com base em programas e projetos inovadores;

- Garantir que esses recursos realmente apoiem todas as etapas de desenvolvimento dos programas e projetos considerados.

4. FORTALECIMENTO DA ENGENHARIA

A conexão educação-engenharia-desenvolvimento e o reforço da competitividade e inovação nas cadeias produtivas já foi tema do primeiro número dos Cadernos de Tecnologia (2001). Estava claro então que a engenharia era fundamental no processo de globalização em andamento, exigia sua presença no desenvolvimento tecnológico.

 

5. ENSINO PÚBLICO PARA A MATEMÁTICA

- Ampliar o esforço de qualificação do ensino em matemática;

- Continuar a promover as olimpíadas de matemática para incentivar o ingresso de jovens talentos nas áreas científicas e tecnológicas;

- Promover a inclusão social por meio do fortalecimento do conhecimento da matemática, das ciências e da tecnologia.

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