Depois da tragédia das chuvas que abalou a Região Serrana em janeiro, ainda estamos lentamente nos reerguendo. Parece que nossa cidade passou por uma guerra civil. O sentimento é de tristeza e angústia. E sempre depois de uma guerra — seja ela qual for — há uma transformação de sentimentos submergidos da amargura e do desencanto, e muitas vezes é daí que surgem as maiores inspirações. Assim como na vida, na arte, na língua, os melhores versos são feitos em momentos de escassez, de carência, quando os sentimentos estão à flor da pele.
Foi assim que aconteceu no período renascentista, no início da Idade Moderna, quando houve rupturas em vários segmentos — novas ideias, novos pensadores, novos artistas — enfim, toda e qualquer possibilidade de criação, acredito, que está sendo iniciada neste momento aqui.
Em se tratando de tendência de moda, podemos observar atualmente que ela se comporta cada vez mais como a lembrança de um filme. Assim, vamos vendo as releituras, um novo olhar sob um ícone.
Neste editorial o tema é a atriz e cantora francesa Brigitte Bardot, símbolo sexual dos anos 50 e 60, idolatrada por cantores como John Lennon e Bob Dylan, além de ativista dos direitos dos animais. O seu estilo tem forte influência na moda atual, desde a maquiagem, passando pelo cabelo, até a posição que ela tomou em relação aos direitos dos animais: como sua atuação em campanhas contra a caça às baleias, as experiências em laboratório com animais e contra o uso de casacos de pele.
O que podemos observar é a grande sede de viver, fortalecendo a cada dia o que temos de melhor. Bem-vinda à nova onda, bossa nova, nouvelle vague...
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