Lucas Vieira
Ícone da contracultura no Brasil, a dupla Luhli e Lucina protagoniza o documentário "Yorimatã”, um merecido reconhecimento a essas artistas que viveram o movimento hippie intensamente nos anos 1970. O filme será exibido amanhã, 24, na Tribuna Livre Cultural, em frente ao lago de Lumiar, às 19 h.
O longa-metragem — com duas horas de duração — foi dirigido pelo cineasta Rafael Saar e traz diversas imagens da carreira das cantoras que, além de terem vestido a camisa do movimento hippie, vivendo em uma comunidade alternativa, foram pioneiras no mercado de discos independentes no país, ignorando diversos convites de gravadoras, e criando mais de 800 canções.
Os ingressos para a sessão deste sábado já estão sendo vendidos antecipadamente e, ao fim da exibição, ocorrerá uma conversa informal com Luhli e Lucina e também com o diretor Rafael Saar.
Um pouco da carreira de Luhli e Lucina
O primeiro disco da dupla foi lançado no ano de 1979, quando Luhli ainda assinava sem o "h” — Luli. Antes disso, porém, em 1972, gravaram juntas um compacto duplo — com quatro músicas — intitulado Flor Lilás. De 1972 até hoje, as artistas lançaram — como dupla — sete álbuns, além do EP, sendo o último em 1996.
Diversos artistas gravaram músicas das compositoras, sendo um dos mais importantes deles o Secos e Molhados, para o qual Luhli — que, atualmente, reside em Lumiar e possui diversos projetos culturais no distrito — compôs clássicos como "O Vira”, "Fala” e "Toada & Rock & Mambo & Tango & Etc”. Outros músicos que gravaram canções da dupla foram Joyce Moreno, Tetê Espíndola e Ney Matogrosso em sua carreira solo.
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