Bastaram apenas 15 minutos para que o site do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) recebesse mais de seis mil inscrições na última terça-feira, 26, dia em que o site disponibilizou o formulário. O programa, criado pelo governo federal, oferece financiamento de cursos em instituições privadas de ensino a uma taxa efetiva de juros de 6,5% ao ano e, por isso, a concorrência é tão acirrada. Nesta edição os candidatos tem só até as 23h59 de amanhã, 29, para realizar a inscrição. São 250.279 financiamentos oferecidos para 25.323 cursos de 1.337 instituições privadas de ensino superior espalhadas por todo o Brasil.
Os interessados em participar do programa devem se inscrever em apenas um curso e turno. Entretanto, há possibilidade de alteração de opção de vaga ou cancelamento durante o período de inscrição. O percentual de financiamento é definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita do estudante.
Para este primeiro semestre de 2016 o processo seletivo para o Fies terá chamada única e lista de espera. Quem não for pré-selecionado nesta primeira fase será incluído na lista para preenchimento de vagas que possam não ter sido ocupadas. Na próxima segunda-feira, 1º de fevereiro, o Ministério da Educação (Mec) irá divulgar o resultado da pré-seleção da chamada única e a lista de espera. As inscrições para o Fies devem ser feitas pelo site www.fiesselecao.mec.gov.br .
Já que o sistema é nacional e as inscrições costumam atingir a casa dos milhões, a dica é: “não deixe para se inscrever na última hora”.
Novas regras
Segundo dados do Ministério da Educação, em quatro anos, de 2010 a 2014, o número de novos contratos de financiamento estudantil, oferecidos pelo governo, cresceu quase dez vezes , de 76,2 mil para 731,3 mil. E aí, os gastos com o programa se multiplicaram. Para se ter uma ideia, atualmente, mais de dois milhões de estudantes contam com o Fies. Por isso, este ano, o Mec colocou em vigor novas regras para o financiamento.
Agora, para garantir o contrato oferecido pelo governo, o estudante precisa ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir de 2010, e ter obtido, pelo menos, 450 pontos na média das provas e nota diferente de zero na redação. Esses resultados servirão como critério de desempate na classificação. Além disso, o candidato precisa ter renda familiar mensal bruta per capita de até 2,5 salários mínimos (R$ 2.200).
Ainda de acordo com o Mec, os cursos nas áreas de engenharia, saúde e formação de professores terão prioridades, assim como os estudantes das regiões norte, nordeste e centro-oeste (exceto o Distrito Federal). Vale ressaltar que quem já possui diploma de ensino superior não está apto a participar do programa.
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