Conseguimos movimentar a economia do município, em diversos segmentos
Carolina e o marido, empresário do ramo de alimentos, Pedro Botelho, não esperavam que já no primeiro dia, última sexta-feira, 18, um grande número de pessoas já estaria disposto a consumir. “Achei que num primeiro momento, as pessoas iriam mais para conhecer, ver como funcionava, saber os preços. Mas o público lotou a praça e experimentou mais de 160 pratos oferecidos por 38 trucks, barracas, bares e restaurantes a preços que variavam entre 10 e 35 reais”, comentou.
No sábado e no domingo, a festa atraiu um público ainda maior, encerrando o atendimento a 25 mil pessoas, número confirmado pela quantidade de truck money – moeda oficial do evento – adquirida na entrada. As oficinas também foram bem frequentadas e os shows completaram a ambientação, elogiada tanto pelos visitantes como pelos participantes do festival.
“O feedback dos expositores foi o melhor possível. Eles elogiaram a educação e a cordialidade dos friburguenses. E realmente, tudo funcionou a contento. Considerando uma pesquisa que fizemos no local com o público, durante os três dias, 87% dos entrevistados aprovaram o festival”, contou Carolina, acrescentando que recebeu mensagens de pessoas que haviam desistido de participar e depois, ao constatar o desempenho do evento, se arrependeram. Talvez tenham nova oportunidade, ano que vem.
A coragem de fazer e a recompensa
A idéia de fazer o festival surgiu quando Carol e Pedro foram a uma feira de food truck, no Rio. Inicialmente, pensaram em montar uma barraca. “Gosto de cozinhar. Disse pro Pedro que a gente podia experimentar montando uma barraca numa feira em Friburgo. O Pedro achou a idéia legal, mas aí já pensou numa coisa maior, como produzir um evento mesmo. Falou com o José Alexandre (Trade Assessoria e Projetos), que de cara se apaixonou e topou ser sócio. Daí, começamos a pesquisar para saber o que era preciso para realizar a nossa. Foram quatro meses desde então, elaborando, frequentando feiras em todos os fins de semana, para ver como era, e executando. Deu tudo muito certo, graças a Deus”, lembrou Carol, aliviada.
Um lindo dia, clima perfeito, sol forte, céu limpo, pessoas felizes, famílias passeando, muita gente nas ruas, com ótimo astral. Tudo isso também contribuiu para o resultado positivo do evento. Em outra pesquisa, então feita apenas com os participantes, a avaliação foi altamente positiva: 98% de satisfação.
Mas Carol, também revela: “Teve gente reclamando dos preços, o que considero normal. Mas devo ressaltar: o que é oferecido nos food trucks é diferente do que é servido em trailers. Cada segmento voltado para o seu público e todos válidos. E achei bacana o depoimento de uma moça que, humildemente resumiu muito bem o espírito da coisa: ‘Eu não tenho dinheiro pra pagar esses preços. Saí de casa com a minha bagzinha de cerveja, curti todos os shows, encontrei pessoas legais, não teve confusão, tava todo mundo numa boa. Quando saí, lanchei num trailer perto do Cavalo Preto, e fui pra casa feliz da vida, porque a noite foi maravilhosa’. Quer dizer, cada um pode escolher a melhor maneira de aproveitar uma festa”, disse Carol.
Além da movimentação no entorno do evento, que resultou na lotação de restaurantes, bares e também hotéis da cidade, o comércio, de modo geral, se beneficiou com a realização do evento. “Os expositores não trouxeram ingredientes suficientes e no segundo dia muitos deles já tiveram que abastecer suas cozinhas. Então, foram às compras no comércio local. A mão de obra também foi toda contratada aqui. Esse era um dos objetivos que fazíamos questão de alcançar. Portanto, conseguimos movimentar a economia do município, em diversos segmentos. E isso nos deixa ainda mais recompensados”, avaliou Carol.
Ana Carolina Perciano
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