Festa tricolor na cidade

terça-feira, 07 de dezembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

José Duarte

Um título esperado, trabalhado e, acima de tudo, merecido. Assim foi a conquista do Fluminense na tarde de domingo, 5, no Estádio João Havelange, o popular Engenhão, ao derrotar o Guarani por 1 a 0, com gol de Emerson, aos 17 minutos do segundo tempo. Trata-se de uma equipe que começou o campeonato desacreditada, com o técnico interino Mário Marques, mas que teve em Muricy Ramalho a referência para chegar ao título nacional.

Os exemplos de dedicação foram demonstrados ao longo do campeonato, desde o presidente, Roberto Horcades – que se despede –, passando pela diretoria, associados e todo o elenco profissional, com Conca, Fred, Washington, Carlinhos, Emerson, Belleti e Deco, os mais experientes, e os mais novos, como Ricardo Berna, Diguinho e Gum entre outros.

A torcida acompanhou o trabalho, compareceu aos jogos, empurrou o Fluminense para o título e incentivou todos os jogadores, colocando até alguns no colo, “os mais adorados”, apelidados carinhosamente como “Conca, o Rivelino de 2010 – o argentino mais querido do Brasil”; “ Washington, Coração Valente” e “Emerson, o Sheik Tricolor”, entre outros.

O Fluminense escreve em sua história a conquista de mais um título com muito brilhantismo, com 38 jogos, 71 pontos, 20 vitórias, 11 empates, sete derrotas, 61 gols pró, 36 contra, 25 de saldo e 23 rodadas na liderança da competição.

O Guarani, campeão brasileiro de 1978, mereceu estar na situação em que se encontra, na segunda divisão. Uma equipe sem identidade, com jogadores que se desentendem dentro de campo, a exemplo da cabeçada de Ailson e Maicon. Um time pequeno, dirigido por amadores, no qual sobra apenas o técnico Vagner Mancini.

A única coisa a lamentar na decisão foi a omissão do árbitro Carlos Eugênio Simon, que há dois passos do lance não marcou nada no soco de Carlinhos (Fluminense) em Paulinho (Guarani), aos 21 minutos do 1° tempo. Despedindo-se da arbitragem de futebol, sua atuação só vem provar que Simon, que participou de três Copas do Mundo, é parcial e merece as inúmeras críticas ao seu trabalho.

NOVA FRIBURGO – A torcida tricolor saiu às ruas antes mesmo de terminar a partida e a alegria explodiu no apito final, varando a madrugada com fogos, carreata, passeata... Centenas de torcedores saíram em caminhada de Olaria até o centro da cidade, parando o trânsito, numa grande comemoração, marcada pela alegria, descontração e satisfação pela conquista do título nacional.

A camisa tricolor, uma das mais bonitas do Brasil, foi ostentada por milhares de torcedores desde as primeiras horas da manhã. A chuva que caiu após a partida atrapalhou um pouco os planos dos tricolores, que se concentraram na Rua Monte Líbano, fechada ao trânsito. Agora as torcidas organizadas de Nova Friburgo se preparam para a carreata da vitória na manhã do próximo domingo, 12.

OS MELHORES - A VOZ DA SERRA elegeu sua seleção do campeonato, com: Rogério Ceni (São Paulo, Edilson (Grêmio), Gum (Fluminense), Claudio Caçapa (Cruzeiro) e Willian (Corinthians), Conca (Fluminense), Apodí (Guarani), Gilberto (Cruzeiro) e Washington (Fluminense), Fred (Fluminense) e Jonas (Grêmio). Técnico, Muricy Ramalho; destaque, Washington (Fluminense); revelação, David (Grêmio); árbitro, Sandro Meira Ricci (DF/aspirante Fifa).

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