Festa Cigana lota Centro de Convivência

quarta-feira, 29 de abril de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Os amigos Luis Antônio Oliveira, 72 anos, e Marcos José Fonseca, 74, que se reencontraram pela manhã na fila de vacinação contra gripe, na praça Dermeval Barbosa Moreira, depois de anos sem se verem, chegaram ao baile da Feliz Idade para colocar em dia o papo dos últimos 10 anos. Na Festa Cigana do último sábado, 25, no Centro de Convivência da Terceira Idade, Luis, Marcos e outros dois mil idosos dançaram e se divertiram ao som de músicas com a temática da festa.

“O nosso reencontro não podia ter sido melhor. É uma comemoração digna de grandes amigos que perderam o contato há muito tempo. Estamos celebrando a nossa amizade e a alegria da terceira idade, que veio para cá a fim de se divertir”, comemorou Luis Antônio.

As também amigas Maria Lúcia Quintanilha da Silva, 64 anos, e Leni Fabris, 66, se vestiram de ciganas e foram juntas ao baile no antigo Clube de Xadrez. Os 30 anos de amizade guardam várias histórias entre elas.

“Às vezes, discutimos e brigamos, mas sempre fazemos as pazes, rapidinho”, brincou Leni, que se autointitula adolescente da terceira idade e se considera uma pré-idosa. “Sou uma adolescente de 66 anos”, completa.

Marcos, Luis, Maria e Leni brincaram no salão de festas a noite toda e se esbarraram em alguns momentos, sem sair faíscas. Apesar de solteiros e viúvos, eles não querem compromisso.

“Estou curtindo minha solteirice”, confessou Marcos.

A jornalista e poetisa Eulália Eyer, 78 anos, define bem a felicidade de ser idoso.

“Já concretizamos tudo o que podíamos. Agora nos resta festejar nossas conquistas”.

Dois bailes por mês

A secretária do Programa de Integração e Ação Comunitária (PIAC), Márcia Elize Rufino, explica que a intenção da coordenação do Centro de Convivência é dar uma melhor qualidade de vida aos idosos, com cursos e aulas de ginástica durante a semana e bailes de integração social aos sábados.

“Tentamos atender à diversidade e aos variados gostos da terceira idade. Cursos de informática, artes e línguas ajudam ao idoso a manter-se atualizado com o mundo e os bailes ajudam na inserção social e na ampliação do círculo de amizades”, avaliou.

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