Feira da Vila Amélia: para voltar toda semana

quarta-feira, 15 de agosto de 2012
por Amine Silvares
Feira da Vila Amélia: para voltar toda semana
Feira da Vila Amélia: para voltar toda semana

Enquanto dona Rosa escolhe frutas, verduras e legumes, seu marido, Augusto, passa na peixaria para comprar camarões para o almoço de domingo com a família. Na Coopfeira, a feira da Vila Amélia, tem de tudo. Funcionando há 40 anos na Rua Adelino Valente, ela atrai cerca de cinco mil clientes todos os sábados e mil e quinhentas por dia, de segunda a sexta.

Dona Rosa seleciona com muito cuidado os tomates e diz que não há lugar melhor em Nova Friburgo para fazer compras. “Toda vez que venho aqui está tudo fresquinho”, afirma. A feira da Vila Amélia recebe cerca de 150 toneladas de alimentos por dia. São verduras, legumes, frutas, frutos do mar e outros produtos que abastecem estabelecimentos comerciais e residências por todo o estado. O administrador da feira, Cláudio Barros, informou que além de Nova Friburgo e Região Serrana, o Norte e Noroeste fluminense, além de clientes da capital, também compram da Coopfeira.

Ainda de acordo com Cláudio, são gerados mais de 400 empregos diretos, graças à feira. Do município, os produtores de Alto de Vieiras, Conquista e Lumiar são os que mais vendem e muitos pequenos produtores trazem seus produtos. “Alguns deles vêm comprar e às vezes até trazem para nós, um ou outro produto que está em falta”, revelou. Funcionando de segunda a sexta, das 6h às 18h, e aos sábado das 3h às 13h, a Coopfeira gera mais de 600 empregos indiretos.

Nem todos os feirantes são produtores, como Getúlio José de Moraes, de 63 anos. Ele era produtor, mas desde a tragédia no ano passado já não planta mais. “Eu vendia 200 amarrados de alface por dia. Agora vendo cerca de 15, 18, no máximo”, lamentou. O feirante arrendou seu sítio e hoje ele compra de outros produtores para levar à feira. Ele reclama que em Vieiras, lugar onde mora, ele e diversos vizinhos não receberam qualquer tipo de ajuda do governo para recuperar as terras e retomar a produção. “Fiquei preso no sítio por oito dias e perdi um caminhão de mercadorias”, relatou.

A movimentação na feira fica menos intensa com a chegada da tarde. Com as compras feitas, dona Rosa amarra seu carrinho, procura pelo marido e comenta: “Estou levando um pouquinho de couve também, mas não gostei muito da cara do pimentão. Não tem problema. A gente volta toda semana mesmo”.

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